De acordo com a Associação de Supermercados de Mato Grosso (Asmat), até o momento não há falta de arroz nas gôndolas, mas a expectativa é que o preço do arroz aumente mesmo com a colheita de cerca de 50% no sul e o anúncio do Governo Federal em importar arroz.
Nos supermercados de Mato Grosso, o preço do pacote de arroz de 5 kg varia entre R$26,99 e R$29,99. O gerente de supermercados, David Dias explica que alguns fornecedores não estão recebendo pedidos e que tem percebido que os clientes tem levado mais pacotes pra casa.
O Rio Grande do Sul chegou ao número de 143 mortos em razão dos temporais e cheias que atingem o estado desde o final de abril. No boletim da Defesa Civil divulgado no sábado (11), o estado ainda contabilizava 131 e 806 feridos.
O estado ainda registra 618 mil pessoas fora de casa. Desse total, mais de 81 mil estão em abrigos e 537 mil estão desalojados (em casa de amigos e parentes).
Do total de 497 municípios gaúchos, 447 relataram problemas decorrentes da chuva. A situação afeta 2,1 milhão de pessoas.
"Risco de desabastecimento devido aos distribuidores acredito que não vá ter, mas pode ter um desabastecimento no mercado porque as pessoas veem as notícias e levam mais pacotes para casa", explica.
A dona Rodes é cozinheira há 25 anos e prepara refeições para cerca de 180 pessoas por dia. Segundo ela, por mais criatividade que tenha, é impossível substituir o arroz nas refeições.
"Eu cozinho 15kg de arroz por dia e 6kg de feijão. A gente até pode cozinhar macarrão, mas não ficamos sem arroz", conta.
Segundo a diretora executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Arroz (ABIARROZ), Andressa Silva, o Brasil produz em média 11 milhões de toneladas do cereal por ano. Para ela, a boa notícia é que a maior parte da produção do Rio Grande do Sul já foi colhida, mas o volume de compra pode desestimular os produtores a investirem no arroz no próximo plantio, previsto para o mês de setembro.
"Antes das enchentes, cerca de 80% da produção já havia sido colhida e é possível que haja mudança de preço pela questão logística, já que percursos que levavam 3 horas agora levam 11 horas para serem feitas", diz
Fonte: G1 MT
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