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Tecnologia criada pela OMNI faz a Petrobrás ser protagonista de um marco na aviação do Brasil

A expectativa é que os testes viabilizem voos de longo alcance entre o continente e plataformas, permitindo uma série de aplicações com essa tecnologia.
Divulgação

O primeiro voo de longo alcance com uma aeronave civil remotamente pilotada (RPA), realizado em junho, percorreu cerca de 180 quilômetros entre a base da empresa Omni Táxi Aéreo em Imbetiba (Macaé, RJ) e a plataforma P-51 (Bacia de Campos, litoral Fluminense). 

O feito fez a Petrobrás ser protagonista de um marco para a aviação civil brasileira e foi celebrado em uma reunião solene, realizada na sede da Petrobrás, na quarta-feira (3), no Rio de Janeiro, com a presença de convidados da Força Aérea Brasileira (FAB), da NAV Brasil, da ANAC e da Omni Táxi Aéreo. A operação, ainda em fase de testes, foi possível devido ao trabalho colaborativo entre o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a NAV Brasil e a OMNI Táxi Aéreo, contratada pela Petrobrás para operar veículos aéreos não tripulados em missões offshore. A expectativa é que os testes viabilizem voos de longo alcance entre o continente e plataformas, permitindo uma série de aplicações com essa tecnologia.

Os objetivos do voo, classificado como BVLOS (Beyond Visual Line of Sight) ou além do alcance visual, foram testar a implantação do transporte para conduzir cargas de até 50 kg; agregar valor à logística do transporte aéreo offshore; reduzir custos e coletar dados para o compartilhamento do espaço com outras aeronaves; definindo melhores rotas, altitudes, procedimentos de subida e descida. 

Esse tipo de tecnologia também tem o potencial de reduzir emissões de gases de efeito estufa no transporte de cargas leves. Desde 2018, a Petrobrás tem desenvolvido iniciativas com a tecnologia de drones. Já são usados esses equipamentos para a inspeção de flares, pintura de plataformas e embarcações, além de outros trabalhos em altura, reduzindo a exposição humana a riscos.

Este voo representa um avanço significativo na utilização de aeronaves remotamente pilotadas, conhecidas como drones, no país. Foi um voo noturno a 8.000 pés cobriu uma distância de 198Km, sobre o mar, entre a Base de Imbetiba e a plataforma marítima P-51, marcando  o primeiro transporte de carga offshore empregando aeronave não tripulada no Brasil.

A Omni Táxi Aéreo, e as operações de testes e validações de conceitos operacionais estão sendo realizadas em conjunto com a empresa norueguesa Nordic Unmanned, que juntamente com a Omni Helicopters International (OHI) criaram a joint venture OHI Unmanned, dedicada a operação de RPA´s (Classes 1 e 2) de grande complexidade e capacidade operacionais. 

A operação tinha como objetivo não apenas o transporte de cargas, mas também a coleta de dados essenciais sobre o compartilhamento de espaço aéreo entre UAVs (Veículos Aéreos Não Tripulados) e helicópteros. 

Essa integração representa um grande passo para o desenvolvimento da logística aérea não tripulada, resultando em maior eficiência e segurança nas operações. “A OHI está na vanguarda das soluções sustentáveis que apoiam a transição energética ordenada – esta iniciativa abre as portas para custos e emissões de CO2 significativamente reduzidos para cargas úteis menores e urgentes, substituindo o uso de helicópteros e barcos convencionais. Este importante marco só foi possível graças a uma cooperação trilateral bem-sucedida entre a Omni Táxi Aéreo, a OHI Unmanned e a Nordic Unmanned”, disse João Welsh, CEO da OHI Unmanned. Além do emprego logístico, este sistema de RPA também agregará capacidade de ações efetivas em emergências, como detecção de vazamentos de petróleo e de buscas e salvamento de vidas humanas em operações diurnas e noturnas.

 


Fonte: Petronotícias

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