Para lembrar, as primeiras manchas chegaram às praias do Nordeste no final de agosto de 2019 e até março do ano seguinte se espalharam por mais de 2 miloleo quilômetros. A estimativa do IBAMA é que 5 mil toneladas de resíduos tenham sido recolhidas em 1.009 localidades de 11 Estados. A suspeita sobre o navio Bouboulina surgiu ainda em 2019 depois que o cruzamento de imagens de satélite indicou que o navio havia transitado pelo local suspeito. Enquanto analisava o material, a PF também recebeu o conteúdo de uma apuração administrativa feita pela Marinha que apontava no mesmo sentido.
Outro documento, do Centro de Capitães da Marinha Mercante, trouxe uma análise das circunstâncias do derramamento e descartou possibilidade de acidente. Os indícios, segundo o estudo, sinalizam para um possível depósito proposital ou limpeza dos tanques. O inquérito também analisou as amostras de óleo coletadas em vários pontos do litoral e concluiu se tratar de petróleo proveniente de poços da Venezuela. O Bouboulina, também cita a PF, havia desatracado do porto venezuelano José Terminal Sea Island no final de julho de 2019, dias antes do surgimento das manchas. A PF calcula em seu relatório final um dano mínimo de R$ 188 milhões para o governo federal. O órgão ainda elabora um laudo do valor total que vai considerar outros fatores como o prejuízo às comunidades pesqueiras e ao turismo.
Fonte: Petronotícias
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