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Trabalhador desaparece após embarcação que seguia para Porto do Açu afundar no litoral do ES

Rebocador em que Eric Barcelos Rangel e outros dois tripulantes estavam embarcados afundou no último domingo (1º) perto da Ilha Escalvada, em Guarapari.

Foto: Reprodução/TV Gazeta

Um trabalhador de 56 anos está desaparecido desde o final da tarde do último domingo (1º), após um rebocador no qual ele estava embarcado afundar no mar em Guarapari, no Espírito Santo.


De acordo com os familiares do chefe de máquinas Eric Barcelos Rangel, a embarcação naufragou após bater em uma pedra.


Outros dois tripulantes que também estavam na embarcação foram resgatados na segunda-feira (2) por um navio que passava pela região e encontram-se no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória.


Segundo a família de Eric, o homem já era aposentado, mas em função de sua experiência, ainda era chamado para prestar serviços em embarcações.


Na manhã de domingo, Eric e os outros dois trabalhadores saíram de Vitória em direção ao Porto do Açu, em São João da Barra, onde deveriam chegar nesta segunda. Eric fez contato com a família pela última vez quando passou pela Terceira Ponte.


Edson de Souza, dono da empresa Vitória Embarcações, a qual embarcação pertence, afirmou que por volta das 18h de domingo o contato com os tripulantes foi perdido e a Capitania dos Portos precisou ser acionada.


Após serem resgatados no mar na madrugada desta segunda, os outros dois trabalhadores, que estavam debilitados e com sinais de hipotermia, informaram que o naufrágio aconteceu próximo à Ilha Escalvada. No momento do acidente, havia uma forte ventania e o mar estava agitado.


"Eles relataram que o barco bateu numa pedra e afundou. Quando afundou, meu esposo foi para o fundo, mas como ele estava com o colete, ele boiou. Quando ele boiou, porque ele sabe nadar, ele falou com os dois colegas: "Pedro e Salomão, vocês se cuidam aí e segurem". Aí a onda veio e levou meu esposo", explicou Rosângela Maria Rosa Barcelos Rangel, mulher de Eric.


Rosângela disse que há cerca de um mês o marido havia ficado à deriva por 20 dias em função de um problema com a mesma embarcação. Já no último sábado (31), segundo a mulher, ele teria ido até o barco para checar um problema e um eletricista foi chamado.


Já o dono da embarcação afirmou que há cerca de um mês o barco apresentou problemas na borracha do reversor. No entanto, ele diz que o trabalhador não ficou à deriva, pois o barco estava atracado no Porto do Açu. Após esse problema, todo o material foi trocado e a manutenção foi feita, de acordo com o proprietário.


Sobre esta última viagem, Edson garantiu que não foi constatado nenhum problema na embarcação e que eles tinham o costume de chamar Eric para verificar a embarcação antes de sair com ela, pois ele era o chefe de máquinas. Segundo Edson, o rebocador foi testado antes de seguir viagem.

Foto: Reprodução/TV Gazeta

Em nota, a Capitania dos Portos do Espírito Santo afirmou que a Marinha permanece com suas equipes em busca do trabalhador desaparecido utilizando uma aeronave e duas embarcações.


A partir desta terça (3), uma aeronave do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Secretaria da Casa Militar (Notaer) também auxilia nas buscas.


"Foi instaurado o Inquérito Administrativo sobre Fatos da Navegação (IAFN) para apurar as circunstâncias do acidente. Após sua conclusão e cumpridas as formalidades legais, o mesmo será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação e dará vista à Procuradoria Especial da Marinha, para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei nº2.180/5", informou a Capitania em nota.











Fonte: G1 ES

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