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Shopping e centros comerciais têm a orientação de fechar suas lojas

Foto: Divulgação
O Governo do Estado decretou, na segunda-feira (dia 16/3), estado de emergência devido à pandemia do novo coronavírus e recomendou a limitação, em até um terço da lotação atual, de bares e restaurantes. Shopping centers e centros comerciais têm a orientação de fechar suas lojas. As praças de alimentação nesses estabelecimentos passariam a funcionar com redução de 30% do horário. As medidas, anunciadas pelo governador Wilson Witzel, constam do Decreto nº 46.973, publicado nesta terça-feira (dia 17/3), no Diário Oficial do Estado.

O decreto veda ainda circulação de ônibus interestaduais com origem em estado com circulação do vírus confirmada ou situação de emergência decretada e recomenda a suspensão de voos originários de estados ou países com circulação confirmada do Covid-19 ou em situação de emergência decretada. O texto recomenda ainda o fechamento de academias e sugere que a população não frequente praias, lagoas e piscinas públicas.

- Aperfeiçoamos o decreto da semana passada para declarar situação de emergência no Estado do Rio de Janeiro, de forma a justificar todas as medidas que estamos tomando neste momento. Faço um apelo, mais uma vez, para a população do nosso estado, principalmente aos jovens. Estamos tentando evitar o que houve em outros países, com muitas mortes, como Itália e Espanha. Se agirmos como outros países agiram, esvaziando as ruas, conseguiremos conter a proliferação do vírus - disse o governador.

Ainda segundo Witzel, o Governo do Estado vai liberar uma linha de crédito de financiamento no valor de R$ 320 milhões para micro, pequenas e médias empresas fluminenses, com carência de 12 meses. O objetivo da iniciativa é compensar os eventuais prejuízos em virtude da diminuição da atividade econômica no Rio de Janeiro por causa das medidas de contenção ao Covid-19.

- Para não agravar ainda mais a situação do Estado do Rio de Janeiro, vamos disponibilizar R$ 320 milhões para ajudar micro e pequenas empresas e empreendedores, que são os que mais sofrem. O financiamento terá carência de 12 meses. Acreditamos que esta crise não durará, se trabalharmos bem, mais de seis meses. O período de três meses é o pior até adequarmos os serviços para receber os pacientes graves – completou Witzel.

Determina também a suspensão total ou parcial do gozo de férias dos servidores das secretarias de Saúde, de Policia Civil e Policia Militar, de Defesa Civil e de Administração Penitenciária para não comprometer as medidas de prevenção.

Solicitação de mais recursos ao Governo Federal

Na ocasião, o governador anunciou que, juntamente com outros governadores, enviará uma proposta ao Governo Federal para a liberação de mais recursos financeiros aos estados que estão enfrentando a epidemia do novo coronavírus.

- Os governadores se reuniram virtualmente e levarão uma proposta ao Governo Federal para liberar aos estados, pelo menos, R$ 50 bilhões. Não há como suportar a crise econômica de arrecadação dos estados sem que a União venha socorrer. Também os governadores levarão propostas para os recursos da saúde serem imediatamente liberados, além dos R$ 5 bi já anunciados. Para o Rio de Janeiro, são R$ 36 milhões. Isso é muito pouco para o Estado do Rio, porque estamos estimando um custo da ordem de R$ 1 bilhão. Com os recursos que temos neste momento, dois hospitais serão ativados com 300 leitos, podendo chegar até 600 leitos nos próximos 60 dias – anunciou Wilson Witzel.

Novo apelo à população

O governador e o secretário de estado de Saúde, Edmar Santos, enfatizaram o apelo para que a população siga as recomendações das autoridades e se desloquem o menos possível pelas ruas, permanecendo em casa.

- Este é um momento de união e de pensar nos mais velhos, porque eles vão sofrer primeiro. Esta é uma questão humanitária. Por isso, peço ao povo fluminense que se conscientize. Quem pode morrer são os mais velhos, são nossos pais, nossos avós. Por isso, sigam as nossas recomendações e fiquem em casa – solicitou Witzel.

O secretário de Saúde completou:

- Há um mês, a Itália estava na situação que estamos hoje e, um mês depois, está nesta tragédia humanitária. As ruas do país estão vazias, mas só estão assim após a morte de mais de 1.800 pessoas. É preciso que a gente consiga fazer que as ruas do Rio de Janeiro fiquem vazias hoje enquanto não morreu ninguém. Este é o nosso desafio – finalizou Edmar.

No fim da tarde, o governador Wilson Witzel esteve reunido com os prefeitos da Região Metropolitana para discutir a aplicação das mais recentes medidas de prevenção do novo coronavírus. A reunião ocorreu durante à tarde, no Palácio Guanabara, numa área aberta, seguindo as novas recomendações de convivência. Entre as medidas discutidas estavam as restrições ao varejo, como bares e restaurantes, disponibilidade de leitos na rede pública hospitalar e os desafios da mobilidade urbana a partir de agora. Muitos prefeitos estiveram acompanhados de seus secretários de Saúde.




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