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RJ tem 31 casos de coronavírus e Governo do Estado decreta estado de emergência

Com 31 casos confirmados de coronavírus, o governo do estado do Rio de Janeiro vai decretar a situação de emergência diante da proliferação da doença
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Em coletiva realizada, na tarde desta segunda-feira (16), o governador Wilson Witzel pediu para que donos de estabelecimentos comerciais não mantenham unidades abertas e que restaurantes e lanchonetes dêem preferência para a venda de alimentação por serviço de entrega à domicílio. Não há, no entanto, regras de proibição de funcionamento e sim “apelo à sensibilidade” da população diante da gravidade da situação. O decreto prevê, ainda, a diminuição do horário de funcionamento de shoppings e o fechamento de pontos turísticos. A previsão é que, dentro de um mês, o estado enfrente um cenário de epidemia.
Segundo último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem 234 casos confirmados do novo coronavírus. O Rio de Janeiro, com 31 casos, têm o segundo maior número de infectados, atrás de São Paulo, com 152. Dentre os casos fluminenses, 29 ocorreram na capital, um em Niterói e um em Barra Mansa.

O posicionamento foi realizado após uma reunião extraordinária com o secretariado, empresários e representantes da sociedade civil de diferentes setores para discutir os impactos e dialogar para construir alternativas a fim de viabilizar ao máximo a restrição de aglomerações. “Essa é uma semana muito importante. Recomendamos que a comida seja comprada através por serviço de entrega. Se for possível não ter contato com entregador. Se tiver, após esse contato, fazer assepsia”, falou Wilson Witzel.

— As pessoas só devem sair de casa para ir trabalhar quem não puder trabalhar de casa, para comprar comida ou remédio ou para ir ao médico se precisar — completou o secretário de Saúde Edmar Santos.

O secretário de Saúde falou, ainda, sobre a abertura de dois hospitais no estado para atender especificamente casos da doença, com previsão de 300 vagas e início de atividades no mês de abril.

OMS recomenda testes, mas Rio diz que não adianta procurar postos

O secretário de Saúde Edmar Santos aproveitou para reforçar a orientação para pacientes que apresentem sintomas. “Se você está com febre, com sintoma de coriza, tosse ou espirro, mas não está com estado geral comprometido, fique em casa em isolamento por 14 dias. Se você for em uma unidade de saúde, você vai receber a informação de que não vai realizar o teste e que é para voltar para casa e que é para ficar em isolamento, então já fique, esse é o fluxograma que estamos trabalhando. Quem tem que procurar a unidade de saúde é quem apresenta a piora do estado geral, que está há vários dias com febre e, o mais importante, aqueles que apresentem piora do quadro respiratório”, explicou o secretário.

Desde o último fim de semana, a secretaria estadual de Saúde do Rio de Janeiro deixou de informar os casos suspeitos de coronavírus. Em nota, o órgão informou que o controle e informação ficarão sob responsabilidade das secretarias municipais.

Em sentido contrário, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, em entrevista realizada nesta segunda, que “temos uma mensagem simples para todos os países: teste, teste, teste. Sem testes, os casos não podem ser isolados e a cadeia de infecção não será interrompida”.

Governador fala de ações para conter reflexo da pandemia na economia

Em reunião com a equipe econômica, Witzel decidiu oferece ajuda de R$320 milhões para pequenos e microempresários que, na avaliação do governo, serão os mais prejudicados no período da crise. Além disso, a condição permite a contratação de profissionais e compras de equipamentos.

Nós vamos destinar R$ 320 milhões para ajudar pequenas, micro empresas e empregadores individuais. Vamos ajudar no financiamento com carência de 12 meses. Essa crise não durará mais de seis meses. Mas não há como suportar a crise econômica sem o socorro da União — afirmou o governador.



Folha 1

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