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Retomada da indústria do petróleo alavanca crescimento de 1,5% do PIB do Estado do Rio em 2019

Foto: Bruno Campos
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou na última semana, a sua Nota Técnica do Produto Interno Bruto (PIB) fluminense, e registrou o crescimento de 1,5% da atividade econômica do Rio em 2019.

De acordo com os dados, publicados pela Firjan na quinta-feira passada, 5, o crescimento registrado em 2019 superou os 1,2% de crescimento que o Estado apresentou em 2018, além de se manter acima do PIB nacional, que registrou apenas 1,1% de crescimento no ano passado.

“Este é o 2º ano consecutivo de crescimento do PIB do Estado, o que indica continuidade do processo de recuperação da economia, mas ainda é lenta e pouco disseminada a todos os setores”, avaliou o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart.

O economista explicou que a alta do PIB em 2019 foi puxada pela indústria extrativa, que se destacou com aumento de 8,8% no ano, consolidando a expectativa de retomada intensa do mercado de petróleo e gás, no qual as cidades da região do entorno da Bacia de Campos, especialmente Macaé, possuem grande destaque na economia fluminense.

Ainda segundo os dados divulgados pela Firjan, o setor extrativista foi seguindo pelo setor de serviços industriais de utilidade pública (SIUP), e pela construção civil, que também registraram crescimento, respectivamente, de 1,9% e 1,0% em 2019.

Apesar de avaliar o momento como um “quadro de melhora”, a Firjan reconheceu que o crescimento da atividade econômica não se repetiu nos demais setores, e a indústria de transformação ainda sofre as consequências da crise, registrando queda de 1,1%.

“A alta em relação a 2018 é uma notícia boa, que nos deixa otimistas, principalmente, porque ficamos acima do PIB nacional. Alguns setores interromperam a trajetória de queda, o que também é positivo. Mas é um resultado ainda muito pontual e concentrado na indústria de óleo e gás. Nossa expectativa é que isso se dissemine para outros segmentos, consolidando um ciclo virtuoso”, comentou o presidente do Conselho Empresarial de Economia da Firjan, Sérgio Duarte.

A Firjan acredita que, para 2020, a estimativa de crescimento do PIB fluminense esteja em 1,9%, e cita a redução da taxa de juros para um dos fatores que devem auxiliar o desenvolvimento econômico do Estado.

No entanto, alerta para a conjunção de fatores de risco no horizonte, que pode impactar o resultado, levando o estado a registrar desempenho mais fraco, próximo a 1,0%, defendendo a aprovação das reformas, Tributária e Administrativa, e avaliando possíveis efeitos negativos para a economia mundial em caso de uma possível duração mais longa dos efeitos do coronavírus.

“Esses fatores não mudam a realidade econômica de um dia para outro, mas alteram a percepção de sustentabilidade da economia brasileira, pois são capazes de afetar a confiança do empresário. Temos um otimismo em relação ao crescimento em 2020, mas a materialização desses riscos pode fazer com que tenhamos, novamente, resultado tímido”, analisou Jonathas Goulart.

Macaé – Uma das principais cidades do interior do Estado para o setor de óleo e gás, Macaé revelou que pesquisadores do Núcleo de Estudos e Pesquisa do Observatório da Cidade abriram as atividades de 2020 em uma reunião realizada  na Cidade Universitária, na semana passada.

Na pauta da reunião estariam as ações do novo ciclo da economia, a organização de um congresso e de seminários dos eixos temáticos tendo como foco abordagens pertinentes à educação como potencial de desenvolvimento para o município e a região.

Segundo a Prefeitura de Macaé, um dos destaques da reunião foi a importância de os pesquisadores submeterem seus artigos até o dia 17 de abril para publicação na Revista Estudos de Administração e Sociedade da Universidade Federal Fluminense (UFF) em sua edição especial sobre “Desenvolvimento Sustentável: Perspectivas para Macaé”.

De acordo com o município, as ações serão importantes para a construção de uma agenda de pesquisa. Além disso, salientou também a relevância para os efeitos da parceria entre o governo e os campi das universidades sediadas na Cidade Universitária.

“A parceria da gestão municipal com a academia foi outro tema fundamental na reunião, uma vez que os indicadores científicos produzidos nos estudos acadêmicos colaboram para efetivas políticas públicas nas diversas áreas, como sustentabilidade urbana, educação, saúde, meio ambiente contempladas nos eixos de estudos do Observatório”, detalhou o município.

Nesta primeira reunião participaram a coordenadora do Observatório, Scheila Ribeiro de Abreu e Silva; Bruno Barzellay Ferreira da Costa, da UFRJ; Giuliano Alves Borges e Silva e Fabiane Manhães, da UFF; entre outros representantes do meio acadêmico.





 Tunan Teixeira | Clique Diário

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