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Jacaré que pode ser visto na praia do Farol é uma espécie ameaçada de extinção

Jacaré que pode ser visto em lago, às margens da Avenida Boa Vista é da espécie papo amarelo (Caimam latirostris)
Divulgação
Na praia do Farol de São Thomé, jacaré da espécie papo amarelo (Caimam latirostris), chama bastante atenção dos curiosos, por morar num lago, às margens da Avenida Boa Vista, próximo à rodoviária. O jacaré é uma espécie da lista vermelha (ameaçada), que alimenta-se de mamíferos, peixes, morcegos, cobras, aves e invertebrados como caranguejos, caramujos e insetos. Essa espécie tem o hábito noturno e embora seu tamanho máximo alcance 3,5m, na natureza, animais maiores que  2 metros são raros. Seu período de reprodução é entre janeiro e março, época das grandes enchentes dos rios.  A fêmea constrói o ninho próximo à água, com folhas mortas, gravetos e terra orgânica. Põe, em média, entre 30 e 60 ovos por ninhada e sua incubação é de aproximadamente 90 dias. O papo amarelo facilmente ultrapassa os 70 anos de idade.
Foto: Reprodução | Clícia Freitas - Facebook
O jacaré encontrado na praia campista, tem como característica, ser um animal esverdeado, quase pardacento, com o ventre amarelado e o focinho pouco largo e achatado. O focinho dele é menor do que o das outras espécies. E atrás da cabeça ele ainda tem escamas em fileiras cervicais.

É ecologicamente importante porque faz o controle biológico de outras espécies animais ao se alimentar daqueles indivíduos mais fracos, velhos e doentes, que não conseguem escapar de seu ataque. Também controla a população de insetos e dos gastrópodos (caramujos) transmissores de doenças como a esquistossomose (barriga-d’água). Suas fezes servem de alimento a peixes e a outros seres vivos aquáticos.

Não saia por ai caçando! Primeiro, porque caçar jacaré para consumo é considerado um crime ambiental. Segundo, porque a caça diminui a população, resultando em perda de variabilidade genética e ameaça de extinção. E terceiro, por colocar em risco a saúde pública, já que o animal, quando caçado clandestinamente para consumo, não passa por nenhuma inspeção sanitária – lembre-se de como nossos rios e lagos estão poluídos por esgoto doméstico. Isso acaba expondo quem consome a carne, pois ela pode estar contaminada por bactérias que causam doenças à população humana. 

Hoje, os jacarés-de-papo-amarelo fazem parte da lista de animais ameaçados de extinção do IBAMA. Isso se deve, principalmente, pela destruição de seu habitat e à poluição dos rios. No Rio de Janeiro, vem aos poucos desaparecendo devido à drenagem de pântanos, aterro de alagados e derrubada de matas de restinga.

As populações do jacaré-de-papo-amarelo sofrem ameaças diretas do desmatamento, da redução do habitat, da poluição, da expansão urbana e especulação imobiliária, uso intenso de agrotóxicos e, ainda, da caça intensiva e imagem negativa associada ao animal em algumas regiões.

Ao contrário dos crocodilos, os jacarés não costumam atacar humanos. Eles têm alvos menores como peixes e pássaros para se alimentar. 

Espécies

No Brasil, é possível encontrar a jacaretinga, jacaré-do- pantanal, jacaré-açu, jacaré-anão, jacaré-coroa e a espécie que se encontra na praia do Farol de São Thomé, o jacaré-do-papo-amarelo (Caimam latirostris).

O que fazer quando vir um jacaré
  • Não chegar perto e evitar contato
  • Não alimentar, caso ele apareça na beira de canais, rios ou lagoas
  • Se o animal estiver na rua, mantenha distância e chame o Inea ou Corpo de Bombeiros
    Foto: Reprodução | Clícia Freitas - Facebook




Por Fabiana Henriques | Redação 

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