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Vacina contra HIV será testada no Brasil

Especialistas preveem que o método consiga diminuir ao menos 65% da propagação do vírus e pode estar pronta em quatro anos

Uma vacina contra o vírus do HIV está sendo testada e poderá estar disponível à população em quatro anos. Durante a 10ª Conferência Mundial Científica sobre HIV (IAS 2019), que aconteceu na Cidade do México, um estudo que prevê a criação da vacina anunciou seus avanços.

Trata-se de uma vacina que tem como objetivo fazer com que o sistema imunológico do paciente consiga produzir anticorpos para atuarem contra as ações do vírus. A substância será testada em oito países, incluindo o Brasil.

O infectologista e epidemiologista Jorge Sánchez, um dos responsáveis pelo estudo, afirmou, em entrevista para a Agência EFE, que a vacina poderá ser disponibilizada em quatro anos. Com a vacina, especialistas preveem diminuir em pelo menos 65% a propagação do HIV.

HIV x Aids

É muito comum algumas pessoas confundirem, mas é importante saber que HIV e Aids não são a mesma coisa. A aids é uma doença crônica e que pode ser potencialmente fatal. Ela acontece quando a pessoa infectada pelo HIV vai tendo o seu sistema imunológico danificado pelo vírus, interferindo na habilidade do organismo de lutar contra os invasores que causam a doença, além de deixar a pessoa suscetível a infecções oportunistas.

Todas as pessoas estão sujeitas à infecção pelo HIV, não importa o gênero, idade ou comportamento sexual. É preciso apenas que tenham contato com uma das formas de transmissão do vírus.

Causas

Os cientistas acreditam que um vírus similar ao HIV ocorreu pela primeira vez em algumas populações de chimpanzés e macacos na África, onde eram caçados para servirem de alimento. O contato com o sangue do macaco infectado durante o abate ou no processo de cozinhá-lo pode ter permitido ao vírus entrar em contato com os seres humanos e se tornar o HIV.

O HIV é transmitido principalmente por relações sexuais desprotegidas, isto é, sem o uso do preservativo, e compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas com sangue, o que é frequente entre usuários de drogas ilícitas - que também podem contrair mais doenças, como hepatites. Outras vias de transmissão são por transfusão de sangue, porém é muito raro, uma vez que a testagem do banco de sangue é eficiente, e a vertical, que é a transmissão do vírus da mãe para o filho na gestação, amamentação e principalmente no momento do parto, o que pode ser prevenido com o tratamento adequado da gestante e do recém-nascido.

É importante ressaltar que é possível contrair o HIV seja por sexo desprotegido vaginal, anal ou oral, quando o parceiro está infectado e seu sangue, sêmen ou secreção vaginal entram no corpo da pessoa que não vive com o vírus.

A infecção pelo HIV evolui para Aids quando a pessoa não é tratada e sua imunidade vai diminuindo ao longo do tempo, pois, mesmo sem sintomas, o HIV continua se multiplicando e atacando as células de defesa, principalmente os linfócitos TCD4+. Por definição, a pessoas que tem aids apresentam contagem de linfócitos TCD4+ menor que 200 células/mm3 ou têm doença definidora de aids, como neurotoxoplasmose, pneumocistose, tuberculose extrapulmonar etc. O tratamento antirretroviral visa impedir a progressão da doença para aids.

Quanto tempo demora para os sintomas se manifestarem?

Uma pessoa pode estar infectada pelo HIV, sendo soropositiva, e não necessariamente apresentar comprometimento do sistema imune com perda dos linfócitos T, podendo viver por anos sem manifestar sintomas ou desenvolver a AIDS. Existe também o período chamado de janela imunológica, que é o período entre o contágio e o início de produção dos anticorpos pelo organismo. Nesse período, não há detecção de positividade nos testes, pois ainda não há anticorpos, e pode variar de 30-60 dias. Embora nesse período a pessoa não seja identificada como portadora do HIV, ela já é transmissora.

Sintomas de HIV
  • Febre
  • Mal-estar
  • Manchas vermelhas pelo corpo
  • Aumento dos linfonodos, ou ínguas
  • Dores de cabeça
  • Dor nos músculos
  • Erupção cutânea
  • Calafrio
  • Dor de garganta
  • Úlceras orais ou úlceras genitais
  • Dor nas articulações
  • Sudorese noturna
  • Diarreia
  • Tosse

Buscando ajuda médica

Provavelmente, o paciente com um possível diagnóstico de aids já estará em tratamento por causa da infecção pelo vírus HIV. Contudo, caso apresente os sintomas da doença e ainda não tenha sido diagnosticado, é preciso procurar um médico. Dê preferência aos serviços especializados em HIV/Aids na sua região.



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