Depois de deixar a Presidência com 87% de aprovação (2010), o petista viu sua sucessora, Dilma Rousseff (PT), sofrer um processo de impeachment (2016); ficou preso por 580 dias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (2018-2019); teve as condenações anuladas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF); e, 1.087 dias depois de deixar a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, torna-se o primeiro brasileiro da História a ser eleito três vezes para o principal cargo do Executivo.
No momento da confirmação, neste domingo, o petista já ultrapassava a barreira de 59 milhões de votos — superando os 46,6 milhões (48,6%), de 2006, sua melhor marca nesta fase das eleições até então.
A vitória do PT vem após uma campanha que gerou expectativas frustradas de se resolver já no primeiro turno. A disputa se acirrou com um crescimento surpreendente de Bolsonaro às vésperas da primeira rodada, no dia 2 de outubro. Ao longo do último mês, a diferença entre os dois se manteve estável no patamar de seis a oito pontos a favor do ex-presidente, de acordo com as pesquisas do Ipec.
Foi a sexta vez que Lula concorreu à Presidência, igualando agora o número de triunfos e derrotas. Em 1989, na primeira eleição direta após a redemocratização, o ex-metalúrgico foi derrotado por Fernando Collor (PRN) no segundo turno por uma diferença de pouco mais de 4 milhões de votos (53% a 47%).
Nos dois pleitos seguintes — primeiro com Aloizio Mercadante (hoje seu coordenador de plano de governo) e depois com Leonel Brizola (PDT) como vice —, foi superado por Fernando Henrique em primeiro turno.
A primeira vitória veio em 2002, superando José Serra (PSDB), seguida de reeleição contra o então tucano Geraldo Alckmin. A partir de 1º de janeiro de 2023, Lula assume o terceiro mandato.
Fonte: Extra
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