E o mais curioso: a terapia é feita com uma forma geneticamente modificada do vírus da herpes, aquele que causa feridas na boca. O estudo impressionante é de cientistas do Institute of Cancer Research, ligado à Universidade de Londres, no Reino Unido e já conseguiu frear vários tipos de câncer em pacientes considerados terminais.
Reduziu o câncer
Um terço dos voluntários que participaram do estudo teve o crescimento do câncer interrompido ou diminuído após o tratamento. Um paciente com câncer de glândula salivar viu o tumor desaparecer completamente e permaneceu livre do câncer por 15 meses após o início do tratamento.
Sete dos 30 pacientes que receberam o medicamento e a imunoterapia com nivolumab também melhoraram ao final dos testes. Seis deles não tiveram progressão da doença em 14 meses.
Câncer de pele, esôfago, cabeça e pescoço
No estudo, apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO), os pesquisadores explicam que o vírus herpes simplex enfraquecido, chamado de RP2, foi injetado diretamente no tumor de 39 pacientes diagnosticados com câncer de pele, esôfago ou de cabeça e pescoço.
E o vírus conseguiu atacar o tumor de duas formas: invadindo as células e se multiplicando, fazendo com que elas explodissem por dentro; e estimulando o sistema imunológico dos pacientes, aumentando sua capacidade de matar as células cancerígenas.
“Os vírus são um dos inimigos mais antigos da humanidade, como todos vimos durante a pandemia. Mas nossa nova pesquisa sugere que podemos explorar alguns dos recursos que os tornam adversários desafiadores para infectar e matar células cancerígenas”, disse o professor Kristian Helin, executivo-chefe do Instituto de Pesquisa do Câncer, em comunicado.
SNB | Com informações do Metrópoles
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