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Tartaruga-cabeçuda é monitorada após comportamento incomum à beira-mar na praia do Farol

 Caso encontre um animal encalhado na praia (mamíferos, tartarugas e aves marinhas), vivo ou morto, acione a Central de Emergências através dos números 99254-4655 e 0800 026 2828 (RJ).

Fotos: Fabiana Henriques

Uma tartaruga-cabeçuda juvenil da espécie caretta caretta, foi avistada no fim da manhã deste domingo 23, por banhistas na Vila do Sol, Farol de São Thomé, que acionaram o Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas

A equipe se dirigiu para o local, onde analisou a princípio, se a tartaruga estaria presa a alguma rede de pesca ou o que poderia está levando ela a emergir constantemente, aparentemente debilitada, próximo à beira-mar. 

O monitoramento acompanhou e aguardou, talvez um encalhe, devido ao cansaço da mesma, para que fosse possível um rápido resgate.

Após mais de duas horas de monitoramento, a tartaruga-cabeçuda foi resgatada pelo Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas do Porto do Açu. A ação contou com o apoio da equipe do INEA.

A princípio ela não apresentava nenhuma anomalia, mas devido ao comportamento incomum à beira-mar, a tartaruga foi encaminhada a um veterinário para apurar o seu estado de saúde e após, será devolvida ao seu habitat natural - o mar.

Conhecida como tartaruga-cabeçuda, também chamada de tartaruga-amarela, Tartaruga-mestiça ou tartaruga-meio-pente, esta espécie ocorre nos mares tropicais, subtropicais e em águas temperadas. No Brasil a espécie pode ser avistada ao longo de todo o litoral. No entanto, as principais áreas reprodutivas são a costa do Sergipe e norte da Bahia, e Espírito Santo e norte do Rio de Janeiro. 

As tartarugas juvenis e adultos se alimentam de crustáceos, principalmente de camarões, siris e caranguejos, além de moluscos, águas-vivas e ovos de peixe - durante seus deslocamentos migratórios são bastante oportunistas. Encalhes desta espécie são raros no Brasil com exceção ao Sul. Elas podem viver mais de 50 anos e chegam a medir 1.5 metros de comprimento, pesando em média 140kg. A sua longevidade é desconhecida, mas estima-se que podem viver até 67 anos.

A cada desova são depositados em média 120 ovos por ninho, sendo que o tempo de incubação dos ovos desta espécie é de aproximadamente 50 a 60 dias, após este período os filhotes eclodem, normalmente à noite indo rapidamente em direção ao mar. Esta é a espécie com maior índice de desovas em praias continentais brasileiras.

Foto: Ilustrativa | Divulgação

Ameaças à espécie

O aumento das atividades pesqueiras desde 2001 tem sido considerado a principal ameaça para a população desta espécie, assim como o impacto humano tem sido reconhecido há décadas. Fatores ligados ao desenvolvimento costeiro desordenado causam impacto negativo nas populações de tartarugas marinhas. 

Esta espécie é protegida totalmente por instrumentos legais nacionais que protegem as áreas de desova. Medidas como monitoramento, investimentos em pesquisas ao longo prazo para avaliar as tendências das populações, marcação de adultos e juvenis, para determinação das áreas de uso e deslocamento e biologia reprodutiva, também são realizadas para que a conservação desta espécie ocorra com sucesso.


Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas 

Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas do Porto do Açu percorre uma extensão de 62 km de praia, que vai do Pontal de Atafona em SJB a Barra do Furado, em Quissamã. O Programa atende a diretrizes técnicas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – Tamar e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA).

Caso encontre um animal encalhado na praia (mamíferos, tartarugas e aves marinhas), vivo ou morto, acione a Central de Emergências através dos números 99254-4655 e 0800 026 2828 (RJ).

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