Ainda não estava claro se a COVID-19 também pode infectar tecidos além do sistema respiratório, como os tecidos oculares, o que motivou a pesquisa. Nesse estudo de caso, os antígenos da proteína do coronavírus foram detectados nas células da conjuntiva (membrana mucosa que reveste a parte posterior da pálpebra e se prolonga para recobrir a parte branca do olho), íris e malha trabecular de uma paciente infectada. Ou seja: começam a aparecer os primeiros indícios de que o SARS-CoV-2 infecta outros tecidos.
A mulher teve um ataque agudo de glaucoma durante sua reabilitação, e por isso foi levada à análise de tecidos oculares. Amostras de plasma e espécimes de tecido, incluindo amostras da conjuntiva, capsular anterior do cristalino, malha trabecular e íris, foram coletadas. Enquanto isso, amostras de outro paciente (um homem de 61 anos) — que tinha glaucoma, mas não COVID-19 — foram usadas para comparação.
Sendo assim, esse antígeno viral detectado no olho da paciente dois meses após a infecção deve levar a investigações futuras, que podem determinar se o antígeno que permanece no olho ao longo do tempo provoca danos a estrutura ou função ocular e se ainda é infeccioso.
Fonte: JAMA Ophthalmology
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