O grupo também é suspeito de provocar prejuízos ambientais, como derramamento de petróleo no solo e riscos de explosão, que colocavam em risco um grande número de pessoas, além de graves problemas operacionais, como a paralisação do fluxo de transporte de combustível e a necessidade de realização de obras para recomposição dos dutos perfurados.
— Era (uma quadrilha) especializada em roubar dutos subterrâneos. É uma manobra arriscada para as pessoas e para o meio ambiente. Eles tentavam de toda forma ludibriar as investigações. Para fazer um transporte do combustível, adaptaram tanques plásticos em um caminhão-baú, o que é irregular e perigoso para burlar. Por usarem um caminhão-baú e ter olheiros, eles passavam batidos. Membros da organização iam na frente para garantir o traslado, avisando de possíveis blitzes ou fiscalizações — disse André Rosa Leiras, titular da DDSD.
Segundo o delegado, “o prejuízo é grande para a Petrobras, já que tem uma interrupção momentânea do fluxo dos dutos e o gasto com a troca do material. Nessa investigação, não ficou comprovado a participação de funcionários da Petrobras.
— Essa organização não contava com nenhum colaborar da Petrobras. Eles tinham modos para fazer isso de forma independente. Outras organizações também são investigadas. É importante ressaltar: a Polícia Civil está atenta aos que furtam — todos estão mapeados, mas buscamos identificar os receptores.
A operação recebeu o nome por conta da estratégia dos criminosos, que em vez de transportar o combustível furtado em caminhões tanque, usavam isotanques adaptados instalados dentro de caminhões do tipo baú para disfarçar o produto furtado e enganar a fiscalização durante o transporte.
Segundo as investigações, os criminosos utilizavam armas de fogo para garantir a segurança durante a perfuração dos dutos, além de "batedores", que andavam na frente do caminhão com o combustível furtado para avisar aos demais integrantes da organização criminosa sobre a presença de policiais na estrada.
A Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados tem intensificado ações de inteligência e investigações contra grupos criminosos especializados em furtos de combustíveis, com o objetivo de minimizar os impactos financeiros, ambientais desta prática criminosa e, sobretudo, preservar vidas.
Ao todo estão sendo cumpridos sete mandados de prisão contra a organização criminosa. Até agora, seis suspeitos foram presos. Um dos alvos, Wagner Rodrigues, morador da Mangueirinha, em Duque de Caxias, chegou a fazer a própria família refém durante o cumprimento de mandado de prisão. Com o suspeito, os agentes aprenderam um revólver 38.
Fonte: Ascom | Polícia Civil | Extra
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