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Polícia Civil desarticula quadrilha que furtava gasolina de dutos da Petrobras e usava até batedores

 Até agora, seis suspeitos foram presos
Foto: Divulgação / Polícia Civil

O furto de combustível de um duto da Petrobras no começo do ano, em Japeri, na Baixada Fluminense, fez com que a Polícia Civil descobrisse uma rede de criminosos que tinha como alvos os poços da empresa em diversos municípios do Rio. O bando utilizava vários meios para driblar a polícia e fiscais. Na manhã desta quarta-feira, a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) faz a operação Baú para desarticular a quadrilha que, em pouco menos de nove meses, causou prejuízo de mais de R$ 1 milhão. A quadrilha usava até batedores no transporte do material furtado.


O grupo também é suspeito de provocar prejuízos ambientais, como derramamento de petróleo no solo e riscos de explosão, que colocavam em risco um grande número de pessoas, além de graves problemas operacionais, como a paralisação do fluxo de transporte de combustível e a necessidade de realização de obras para recomposição dos dutos perfurados. 


Era (uma quadrilha) especializada em roubar dutos subterrâneos. É uma manobra arriscada para as pessoas e para o meio ambiente. Eles tentavam de toda forma ludibriar as investigações. Para fazer um transporte do combustível, adaptaram tanques plásticos em um caminhão-baú, o que é irregular e perigoso para burlar. Por usarem um caminhão-baú e ter olheiros, eles passavam batidos. Membros da organização iam na frente para garantir o traslado, avisando de possíveis blitzes ou fiscalizações — disse André Rosa Leiras, titular da DDSD.


Segundo o delegado, “o prejuízo é grande para a Petrobras, já que tem uma interrupção momentânea do fluxo dos dutos e o gasto com a troca do material. Nessa investigação, não ficou comprovado a participação de funcionários da Petrobras.


Essa organização não contava com nenhum colaborar da Petrobras. Eles tinham modos para fazer isso de forma independente. Outras organizações também são investigadas. É importante ressaltar: a Polícia Civil está atenta aos que furtam — todos estão mapeados, mas buscamos identificar os receptores.


A operação recebeu o nome por conta da estratégia dos criminosos, que em vez de transportar o combustível furtado em caminhões tanque, usavam isotanques adaptados instalados dentro de caminhões do tipo baú para disfarçar o produto furtado e enganar a fiscalização durante o transporte.


Segundo as investigações, os criminosos utilizavam armas de fogo para garantir a segurança durante a perfuração dos dutos, além de "batedores", que andavam na frente do caminhão com o combustível furtado para avisar aos demais integrantes da organização criminosa sobre a presença de policiais na estrada.


A Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados tem intensificado ações de inteligência e investigações contra grupos criminosos especializados em furtos de combustíveis, com o objetivo de minimizar os impactos financeiros, ambientais desta prática criminosa e, sobretudo, preservar vidas.


Ao todo estão sendo cumpridos sete mandados de prisão contra a organização criminosa. Até agora, seis suspeitos foram presos. Um dos alvos, Wagner Rodrigues, morador da Mangueirinha, em Duque de Caxias, chegou a fazer a própria família refém durante o cumprimento de mandado de prisão. Com o suspeito, os agentes aprenderam um revólver 38.








Fonte: Ascom | Polícia Civil | Extra

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