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Idoso e cachorro são atacados por pit bull em Cabo Frio, mobilização nas redes sociais ajuda a achar cão ferido

De acordo com a nora do idoso, homem que se identificou como dono do pit bull disse que deixou o animal preso na coleira antes de viajar e que não sabe como ele se soltou. Animal ferido, que tinha dona, foi levado por família que assistiu ataque.
Foto: Arquivo pessoal
Um idoso e um cachorro foram atacados por um pit bull, na tarde do último domingo (5), no bairro de Unamar, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio.

De acordo com a família do homem, de 63 anos, o ataque aconteceu poucos minutos após o idoso e o cão, sem raça definida, saírem de casa.

"Ele saiu pra passear com meu cachorro na coleira, como ele sempre faz. Quando ele chegou perto da praia, ele viu que tinha um pit bull solto, rondando por ali. Então ele voltou para casa com medo de que acontecesse alguma coisa, foi aí que o pit bull saiu correndo na direção deles e atacou", conta a nora do idoso, Thaís Farias.

Um vizinho ajudou a separar os dois animais.

Durante o ataque, pessoas que passavam pela rua, criticaram e ofenderam o idoso, que sofreu ferimentos leves na perna, acreditando ser ele o dono do pit bull, segundo Thaís.

Thais conta, ainda, que um homem, que disse ser o dono do pit bull, entrou em contato com ela afirmando que deixou o animal preso na coleira antes de viajar e que não sabe como ele se soltou. O cão permanece desaparecido.

Mobilização nas redes sociais

De acordo com testemunhas, após os dois animais já estarem separados, o cão ferido foi levado por um carro preto.

"Meu sogro tentou avisar que o cachorro era dele, mas as pessoas estavam todas gritando e agredindo meu sogro verbalmente", relata Thaís, que acrescenta: "Eu acredito que a pessoa que pegou meu cachorro, pegou no intuito de ajudar. Mas, como a coleira caiu, ela não sabia que ele tem dono".

Após o sumiço do cachorro, chamado de Cachaça, a família começou uma busca e usou as redes sociais como ferramenta para encontrar o animal.

A mobilização teve dezenas de compartilhamentos e comentários. E as buscas terminaram no início da noite desta segunda-feira (6), quando Cachaça foi encontrado.

"Estou impressionada com essa corrente solidária. Muitas pessoas me mandaram mensagem, muitos desconhecidos até perguntaram se eu queria dinheiro para oferecer recompensa, muita gente compartilhou num dia e no outro mandou mensagem pra saber se eu estava bem, se havíamos achado", conta Thaís.

O animal foi resgatado por uma família do Rio de Janeiro, que passava pelo local na hora do ataque e resolveu levá-lo para cuidar dos ferimentos.

"Eles iriam voltar para o Rio hoje (segunda) e não poderiam ficar com o Cachaça, aí começaram a perguntar aqui na região se alguém queria adotá-lo. Felizmente, uma moradora viu minha postagem e reconheceu meu cachorro, entrou em contato comigo e eu fui lá buscar".

Ainda de acordo com Thaís, Cachaça tem ferimentos na orelha, pescoço e está mancando.

"Está muito assustado e tremendo, mas comeu bastante quando chegou aqui. Estou vendo um veterinário 24h para levar".

De acordo com a Lei 3.205, de 1999, a circulação de cães da raça pit bull em locais públicos só é permitida desde que o animal esteja preso com uma guia com enforcador e focinheira apropriados.

O homem que se identificou como dono do pit bull, não quis comentar o assunto.






Fonte: Karine Knust, G1 — Cabo Frio

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