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Nova vacina contra covid-19 se mostra segura, diz farmacêutica chinesa


A farmacêutica chinesa Sinopharm afirmou que sua vacina desenvolvida contra o novo coronavírus é segura e se mostrou capaz de criar anticorpos fortes nas fases 1 e 2 de testes. Todos os participantes da testagem receberam duas doses da vacina com intervalos de 3 a 4 semanas e desenvolveram anticorpos capazes de neutralizar o vírus.

A notícia foi divulgada pouco depois de o mundo chegar a marca de 10 milhões de casos da covid-19 sem nenhum tratamento ainda aprovado para uso regular, de modo que todos os tratamentos são considerados experimentais.

Os testes clínicos para a vacina da Sinopharm começaram em 27 de abril, com 1.120 voluntários, de forma randomizada, ou seja, com integrantes escolhidos de forma aleatória. A pesquisa também foi duplo-cega, o que implica que nem os pesquisadores e nem os pacientes sabiam o que estava sendo administrado contra a doença — uma das formas mais assertivas de comprovar a eficácia de um estudo. Havia ainda um grupo que recebeu a versão em placebo da vacina.

A empresa está expandindo a capacidade de fabricação de vacinas contra o SARS-CoV-2. Segundo a farmacêutica, as fábricas em Wuhan e Pequim conseguem produzir pelo menos 200 milhões de doses de uma eventual proteção. Essa é a segunda vacina desenvolvida pela companhia e a primeira a demonstrar resultados positivos.

Ao todo mais 200 vacinas estão sendo desenvolvidas por empresas farmacêuticas em conjunto com universidades e centros de pesquisa de todo o planeta. Dessas, apenas 15 entraram na fase de testes clínicos e são consideradas potenciais candidatas para erradicar a transmissão de covid-19. Uma delas é a da Universidade de Oxford em parceria com a indústria farmacêutica AstraZeneca, que será testada, inclusive, no Brasil.

A China está desenvolvendo vacinas em cinco categorias — com vírus inativo, de proteínas, baseada em versões atenuadas da influenza, com adenovírus e baseadas em ácido nucleico. A chinesa Coronavac, desenvolvida pela Sinovac Biotech, será testada em 9.000 pessoas no Brasil por meio de uma parceria com o Instituto Butantan. Essa opção foi criada com base no próprio vírus.

Segundo o monitoramento em tempo real da universidade Johns Hopkins, 10 milhões de pessoas estão infectadas pelo vírus no mundo e 499.307 morreram. Os Estados Unidos são o epicentro da doença, com 2.510.337 doentes e mais de 125.539 mortes. Em segundo lugar no ranking está o Brasil, com 1.313.667 de infectados e 57.070 óbitos.





Fonte: EXAME

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