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Estudo da UFRJ diz que Norte e Noroeste Fluminense têm a pior situação de contaminação pela Covid-19 no estado

Pesquisa indica que o Norte Fluminense tem risco muito alto de disseminação e que o lockdown é necessário no Noroeste.
Foto: Reprodução/UFRJ
Um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, indica que as regiões Norte Fluminense e Noroeste Fluminense são as que estão na pior situação referente aos riscos de contaminação pela Covid-19.

A pesquisa indicou que a contaminação caiu na capital do estado mas está aumentando no interior. Os pesquisadores recomendam que haja um lockdown no Noroeste Fluminense para que os números da doença parem de crescer.

A UFRJ realizou a pesquisa com base nos números divulgados pelo governo do estado até o dia 7 de junho.

Os pesquisadores desenvolveram um indicador inspirado em um velocímetro, batizado de “covidímetro”, que sinalizará o grau de risco de colapso no sistema de saúde.

De acordo com o covidímetro, as regiões Norte e Noroeste estão na pior situação. O estudo mostra que o Norte Fluminense está na situação vermelha, que indica que o risco de contaminação é muito alto. Já o Noroeste Fluminense aparece na zona roxa, que indica que o lockdown é necessário.

O marcador de letalidade no Noroeste Fluminense chega a 2,43%, com 24 óbitos acumulados e 986 confirmações. A região Norte segue na mesma preocupação. Segundo a pesquisa, são 2.981 casos confirmados, 114 óbitos e grau de letalidade de 3,82%.

O modelo foi configurado considerando que cada pessoa infectada é capaz de transmitir o vírus para outras 2,46 pessoas, em média.

Em entrevista ao Bom Dia Rio, o infectologista Roberto Medronho, diretor de pesquisa do Hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ, defendeu que seria ideal que o estado do Rio tivesse um plano regional, a exemplo do que foi feito em São Paulo.

No Noroeste não era o momento de abrir. Era o momento de fechar ainda mais. Infelizmente, como está tendo uma única medida para todo o estado, lá está abrindo. E isso tem aumentado e muito o risco de infecção e da velocidade e da velocidade de transmissão da doença”, disse.

Medronho acrescentou:

“(...) É temerário que a gente abra todo o estado de uma forma igual, porque não são regiões semelhantes. São regiões que estão com risco diferenciado. Por isso que nós precisávamos ter um plano regional, a exemplo de São Paulo”, defende.






Por G1 — Norte Fluminense

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