A secretaria estadual de Saúde confirmou, na tarde desta quinta-feira (5), o primeiro caso do novo coronavírus no estado do Rio de Janeiro, ocorrido no município de Barra Mansa.
Segundo o secretário de Saúde, Edmar Santos, trata-se de um caso importado e, portanto, não existe registro de circulação do vírus dentro do estado do Rio. Já o Ministério da Saúde confirmou que houve transmissão local no município de São Paulo pela primeira vez desde o início da epidemia.
Até o momento, o Brasil tem oito confirmações da doença, seis em São Paulo e um no Espírito Santo, além do caso do RJ, e 636 suspeitos. Em Campos, a única suspeita, até o momento, foi descartada nessa quarta-feira (4). Um paciente segue sendo acompanhado em Macaé.
A paciente de Barra Mansa é uma mulher de 27 anos que esteve em uma viagem para a Europa, no período entre 9 e 23 de fevereiro. Ela procurou uma unidade do município no dia 1º de março. Segundo a secretaria de Saúde ela apresenta sintomas brandos da doença e seu estado de saúde é estável e em isolamento domiciliar por pelo menos 20 dias após deixar de apresentar sintomas da doença. O município fica no sul do estado e tem a população estimada de 179.451 habitantes, segundo o IBGE.
— Não há nenhum sinal de que o vírus esteja circulando no território do estado. No entanto, é impossível evitar que isso aconteça em algum momento. A experiência mundial, em relação ao vírus com essa característica de contaminação por via respiratória, é que não é possível contê-los indefinidamente. No momento, seguimos no nosso plano de contingência, no nível 0, que é quando não tem circulação do vírus. A população pode seguir tranquila, não há nenhuma situação para pânico — informou o secretário estadual durante entrevista coletiva.
O estado do Rio tem 79 casos suspeitos de coronavírus: 38 no Rio de Janeiro, 11 em Niterói, 3 em Petrópolis, 2 em Duque de Caxias, 1 em Macaé, 2 em Maricá, 3 em São Gonçalo, 1 em Itaboraí, 1 em Nova Friburgo, 1 em Resende, 1 em Valença, 1 em Teresópolis, 1 em Rio das Flores e 1 em Volta Redonda. Há ainda sete casos de pacientes que residem no exterior e em outros estados brasileiros, além de outro suspeito com local de residência em investigação.
A secretaria faz, ainda, um alerta para os cuidados com a disseminação de informações falsas sobre o problema. “A secretaria recomenda que, ao receber mensagens, fotos e vídeos em redes sociais ou aplicativos de conversas, é preciso avaliar a fonte da informação e confirmar a veracidade dos dados antes de encaminhá-los. Os órgãos e instituições oficiais são as fontes mais indicadas para esclarecer dúvidas sobre coronavírus, como as secretarias estaduais de Saúde”, divulgou em nota.
No Norte Fluminense - Foi descartado na quarta, após exame, o único caso suspeito de coronavírus em Campos. A paciente era uma jovem de 24 anos que esteve recentemente em Milão, na Itália, onde ficou por 15 dias. Retornou ao município no dia 18 de fevereiro e, cinco dias depois, começou a apresentar sintomas como: tosse, febre, desconforto respiratório e coriza. Ela estava em isolamento domiciliar, respeitando a quarentena, depois de ser atendida no Hospital Ferreira Machado (HFM). A secretaria de Saúde informou que segue investigando dois casos suspeitos em Macaé.
Brasil registra primeiros casos de transmissão local no município de SP
O Brasil tem oito casos confirmados de coronavírus. Até agora, são 6 casos em São Paulo, sendo dois deles relacionados com o primeiro caso confirmado do estado. Os outros casos estão no Rio de Janeiro e Espírito Santo. Um outro caso testou positivo no Distrito Federal, mas aguarda contraprova para confirmação ou não do resultado. De acordo com o Ministério de Saúde, entre as novas confirmações, apenas dois casos do município de São Paulo ocorreram por transmissão local, relacionados ao primeiro caso confirmado em um morador da capital paulista que viajou para a Itália.
Segundo o órgão, os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, o coronavírus ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença. Os principais são sintomas conhecidos até o momento são febre, tosse e dificuldade para respirar.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão: lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização; se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool; evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; evitar contato próximo com pessoas doentes; ficar em casa quando estiver doente; cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo; limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
Folha 1
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