Imóvel em Cardoso Moreira, RJ, começou a apresentar rachaduras e estalos depois das inundações causadas pelo transbordo do rio Muriaé no fim de semana.
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Uma casa desabou na beira do Rio Muriaé, em Cardoso Moreira, na manhã desta quarta-feira (29). De acordo com a Defesa Civil, que registrou o momento exato em que a estrutura veio abaixo, o casal de moradores percebeu que muitas rachaduras e estalos começaram a aparecer após as inundações do fim de semana.
Os agentes foram acionados e, ao avaliarem o imóvel, determinaram que o homem e a mulher saíssem imediatamente. A casa desmoronou logo depois.
Os moradores do bairro Cachoeiro, na beira do rio Muriaé, só tiveram tempo de retirar alguns pertences, como documentos e roupas. Segundo o agente da Defesa Civil Fabrício Souza, o risco de desabamento era muito evidente e tudo aconteceu muito rápido.
A casa estava sendo habitada até poucas horas antes. Eles acordaram, perceberam o problema e começaram a tirar as coisas. Só deu tempo deles tirarem poucos pertences, porque, assim que nós chegamos, proibimos eles de entrarem lá novamente. E em questão de minutos após a chegada da equipe a casa desabou. — Fabrício Souza, agente da Defesa Civil.
A Defesa Civil interditou outras quatro casas próximas ao rio. Uma delas tem risco iminente de desabamento. A cidade decretou estado de calamidade depois da inundação que deixa 5.704 pessoas desalojados e 279 desabrigadas.
O rio Muriaé transbordou no sábado (25) por causa do volume de água recebido do Espírito Santo e Minas Gerais, onde os temporais causam mortes e prejuízos. Nesta quarta-feira, o nível da água no rio está em 6,33 metros, abaixo da cota de transbordo, que é de 8 metros.
As cheias afetaram nove cidade do estado do Rio: Bom Jesus do Itabapoana, Italva, Itaperuna, Porciúncula, Laje do Muriaé, Natividade, Cardoso Moreira e Santo Antônio de Pádua e Varre-Sai. Ao todo, 15 mil pessoas chegaram a ter que sair de casa.
G1
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