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Dia da Água: Rio Paraíba do Sul contabiliza cinco anos com nível baixo no Norte Fluminense

Rio corta os estados do Rio, Minas Gerais e São Paulo. Trecho de Campos dos Goytacazes é preocupante.
Rio alimenta lagoas e canais que são fundamentais para a agricultura da Baixada Campista — Foto: Divulgação/Defesa Civil
Nesta sexta-feira (22), quando é comemorado o Dia Mundial da Água, um dos mais importantes do Estado do Rio sofre ao contabilizar um período de cinco anos de cota baixa na região de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. A cidade é cortada pelo Rio Paraíba do Sul.

Com 1.137 km, o rio corta também São Paulo e Minas Gerais. A foz do Paraíba do Sul, quando ele encontra o mar, fica em São João da Barra, cidade vizinha.

Nos últimos cinco anos, o rio vem atingindo a média de 4,4 m em Campos, abaixo da cota mínima de 85 anos de monitoramento. Durante todo esse tempo, o Rio Paraíba do Sul esteve no mesmo nível, 5,20 m. Em 2014, foi detectada a redução de 80 cm.

A redução do nível no Norte Fluminense traz preocupação, pois o rio alimenta lagoas e canais que são fundamentais para a agricultura da Baixada Campista.

A falta de chuva na região nos últimos anos gerou uma grande estiagem em 2017 e um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados, em Brasília, quer classificar o Norte Fluminense como área de semiárido para criar um fundo de investimento.
Período mais baixo do rio começou em 2014 — Foto: Divulgação/Prefeitura de Campos
Segundo João Siqueira, diretor do Comitê do Baixo Paraíba, o Paraíba é uma "grande mãe".

"O rio é a nossa única fonte de água. Ele vem abastecendo nosso estado, sendo que esta região de Campos e São João da Barra acaba ficando o menor nível, pois grande parte da água fica na área metropolitana, prejudicando principalmente a agricultura local", explicou.

Apesar do histórico recente negativo, a previsão do comitê é de boas notícias em 2019, pois dois projetos estão em fase final e quase prontos para serem apresentados para a Agência Nacional de Água (ANA).

As propostas são uma barragem na foz do rio, em São João da Barra, que aumentaria a cota no Norte Fluminense, e um reservatório para para água da chuva em Minas Gerais.

"Ou faz a barragem próxima da foz, no município de São João da Barra, ou o reservatório em Minas, para guardar água da chuva, como tem em São Paulo, para dar segurança hídrica ao interior do Rio", contou João.


G1

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