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Omni abre mercado na Guiana e mira emprego de drones para a Petrobras

 Companhia iniciou a operação de transporte aéreo para a ExxonMobil na Guiana, onde vem desenvolvendo atividades para capacitar a mão de obra local. Enquanto isso, aguarda o início de três novos contratos com a Petrobras

Reprodução

Detentora de 60% dos contratos da Petrobras e 75% das IOCs que atuam no Brasil, a Omni avalia que o mercado de transporte aéreo para suporte às atividades de E&P no Brasil vai crescer cerca de 6% ao ano até 2028. Atualmente, a companhia possui 65 helicópteros e espera a chegada de mais cinco unidades até julho.

Com a Petrobras, a Omni possui 39 contratos – três serão iniciados em meados do ano. Já com as operadoras independentes, possui 18. Além da petroleira brasileira, Shell, TotalEnergies, 3R Petroleum, Karoon, Prio, BW Energy, Saipem, TechnipFMC, PGS e Shearwater são alguns dos seus clientes.

Em janeiro, a companhia deu inicio às operações do seu primeiro contrato internacional de longa duração. Nos próximos cinco anos, ela vai apoiar as atividades da ExxonMobil na Guiana. Ao todo, foram dedicadas seis aeronaves (quatro de grande porte e duas de médio porte) para os trabalhos da petroleira norte-americana.

A empresa montou uma base logística de voos que opera a partir do Aeroporto Internacional Eugene F. Correia (Ogle). Em até 30 dias, ela vai incorporar uma aeronave modelo S-92 Search and Rescue (SAR), uma das mais avançadas do mundo, à sua frota. Ela será disponibilizada para a Exxon.

 No país vizinho, a Omni está investindo na formação de mão de obra local. “Temos mecânicos de manutenção aeronáutica estagiando conosco, pessoal de handling [serviços prestados em terra] contratado junto a empresas locais e um programa para formar pilotos”, explicou o CEO Roberto Coimbra ao PetróleoHoje.

Ali perto, na Bacia da Foz do Amazonas, a empresa opera três helicópteros S-92 para a atender o programa exploratório da Petrobras e outro para apoiar a campanha sísmica que está sendo conduzida pela Shearwater. A partir de um ATR-42, a empresa faz a conexão diária entre Macapá (AP) e Oiapoque (AP).

Este é um grande desafio, uma vez que a extensão da área de exploração e o número restrito de aeroportos na região exigiram a utilização de helicópteros de grande porte e o envolvimento simultâneo de várias bases de operação pela Omni.

Drones para a Petrobras

Após vencer a licitação, a Omni está prestes a assinar um contrato com a Petrobras para levar adiante dois projetos-piloto com drones. Enquanto o primeiro prevê o transporte de materiais do ambiente terrestre para o marítimo, o segundo diz respeito ao transporte de pequenas cargas entre plataformas de produção.

As atividades serão iniciadas no último trimestre de 2023. “Ela [a Petrobras] pretende compreender o potencial do emprego de drones para atender o setor offshore. Dando certo, podemos avançar para a segunda etapa do projeto”, explicou Coimbra.

Em julho de 2021, a companhia firmou um memorando de entendimento com a Nordic Unmanned para representar e operar seus drones no mercado brasileiro.

Bases operacionais, empregos e ESG

No Brasil, a Omni está presente em nove bases operacionais – Navegantes (SC), Jacarepaguá (RJ), Maricá (RJ), Cabo Frio (RJ), Macaé (RJ), Campos (RJ), Vitória (ES), Farol de São Thomé (RJ) e Porto Urucu (AM). Há também uma base em Aracaju (SE), mas que está ociosa desde que a ExxonMobil paralisou as atividades na região.

A companhia é a única empresa que opera a partir de Maricá, o que lhe garante vantagem comparativa em relação aos seus concorrentes quando se trata do cluster do pré-sal de Santos. Na base de Jacarepaguá, por sua vez, possui um terminal privado e também atende através do terminal principal do aeroporto.

Dos 65 helicópteros, 40% são próprios e 60% estão arrendados sob leasing. Ela é a única empresa que opera super médios no país – ao todo, são sete. Indagado sobre ter mais aeronaves do que contratos, Coimbra destaca que isso é o que garante a alta disponibilidade delas e segurança dos voos. “O rodízio dá flexibilidade”, contou.

A Omni possui 1.450 funcionários, sendo 350 pilotos e aproximadamente o mesmo número de técnicos de manutenção aeronáutica. Os cargos de CFO e Compliance são ocupados por mulheres.

Já no que refere à meio ambiente, a empresa está conversando com fabricantes de motores para desenvolver um projeto-piloto focado no consumo de combustível sustentável de aviação (SAF, em inglês).

Sobre a possibilidade de a empresa abrir capital na bolsa, o CEO revelou que “é um caminho natural que está sendo estudado, mas não há nada definido ainda”.






Fonte: Petróleo Hoje

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