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Aplicativo do ConecteSUS deixa de apresentar vacinas; site está fora do ar

 Durante a madrugada, site do ConecteSUS e a página do Ministério da Saúde sofreram um ataque hacker. Grupo assumiu o ataque e disse que 50 TB de dados internos foram 'copiados e excluídos'. PF e GSI foram acionados para investigar.

Foto: Reprodução

Usuários do ConecteSUS relataram, na manhã desta sexta-feira (10), que os comprovantes de vacinação não estão aparecendo no aplicativo. Outros disseram que não conseguem nem sequer entrar no aplicativo.

O ConecteSUS é o app responsável pela emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, exigido para acessar locais públicos. Até o momento, o comprovante é exigido em 19 capitais do Brasil.

A queda dos sistemas teve reflexos pelo país: em Salvador, onde o comprovante começou a ser exigido na rodoviária, passageiros não conseguiram embarcar. No Piauí, houve filas para a vacinação.

No Acre, quem perdeu o comprovante em papel não consegue tomar a 2ª dose ou a dose de reforço; o mesmo aconteceu no Oeste de Santa Catarina. O governo do Tocantins diz que não consegue notificar casos e mortes de Covid.

O Ministério da Saúde informou que a Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional já foram acionados para investigar o caso. O problema também afetou o sistema de notificação de casos da Covid-19 e a página que compila dados de vacinação para outras doenças no país (SI-PNI), segundo a pasta.

O governo federal também decidiu suspender a necessidade de comprovante de vacina contra a Covid para viajantes que chegarem ao Brasil por via aérea. Segundo apurou o Blog da Ana Flor, a suspensão será temporária, até a normalização do ConecteSUS.

Dados não serão perdidos, diz ministro

Em Belo Horizonte nesta sexta, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que os dados da população "não serão perdidos" e chamou o incidente de "atitude criminosa".

"Esses dados não serão perdidos, o Ministério da Saúde tem todos os dados, é só uma questão de resgatar esses dados e colocá-los à disposição da sociedade", afirmou Queiroga em visita a Belo Horizonte.

"Uma atitude criminosa, de um hacker, que tá sendo investigada pela Polícia Federal, pelo Gabinete de Segurança Institucional. Hoje, o empenho total é para esses dados estarem disponíveis no mais curto prazo possível. Está sendo investigado e assim que tiver alguém culpado será exemplarmente punido", declarou.

Ransomware

Os relatos de problemas começaram a surgir pouco após um ataque hacker aos sites do Ministério da Saúde e do ConecteSUS. Nas duas páginas, os invasores escreveram que o portal sofreu um "ransomware" e que "50 TB de dados foram copiados e excluídos". Pouco antes das 7h, a mensagem não era mais exibida nos sites, mas eles continuavam inacessíveis.

Ransomware é um tipo de vírus que sequestra o conteúdo do computador da vítima e cobra um valor em dinheiro pelo resgate, geralmente usando a moeda virtual bitcoin, o que dificulta rastrear o criminoso.

Este tipo de "vírus sequestrador" age codificando os dados do sistema operacional de forma que o usuário não tenha mais acesso.

Grupo assume ataque

O Lapsus$ Group assumiu a autoria do ataque cibernético ao deixar a mensagem “nos contate caso queiram o retorno dos dados” nas páginas dos sites que saíram do ar.

Antes do fim da madrugada, a mensagem ficou intermitente até sumir dos dois portais. Os sites permaneceram fora do ar.






Fonte: G1

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