De acordo com familiares, Lourent (nome de origem francesa com pronúncia ‘Lorran’, na língua portuguesa), está desempregado e, além de tocar bateria em uma igreja evangélica, produz e vende doces caseiros para ajudar na renda da família, que saiu de Mesquita, na Baixada Fluminense, há cerca de 10 meses, para ir morar na Região dos Lagos.
Evangélica, a mãe de Lourent busca força na fé para não desistir das buscas e renovar a esperança de rever o filho. “Estou há 40 dias com um vazio no peito. Ele nunca ficou fora de casa sem avisar. É atencioso, amoroso e trabalhador. Não tem vícios, faz parte do grupo de músicos na igreja e é querido por amigos e colegas. Não desistiremos até encontra-lo”, disse, emocionada, Jussara, que já fez buscas em hospitais, abrigos e institutos de medicina-legais da região.
Investigações - O caso foi registrado na 126ª DP (Cabo Frio) e encaminhado à Divisão de Descobertas de Paradeiros (DDP), na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI). Informações sobre o paradeiro do baterista podem ser repassadas ao Disque-Denúncia (2253-1177).
"Ele pode estar desorientado, andando sem rumo"
A possibilidade de Lourent ter sido acometido por um surto, após problemas psicológicos, não foi descartada. “Ele sofreu uma desilusão amorosa e estava muito tocado, mas não demonstrava qualquer tipo de mudança de comportamento. Acreditamos na hipótese de um surto, pois já me avisaram que teriam visto um rapaz, parecido com ele, caminhando a esmo. Ele pode estar desorientado, andando sem rumo”, disse a mãe.
Conforme familiares, após divulgação nas redes sociais, diversas informações sobre o paradeiro do baterista já foram checadas, mas ainda sem êxito. Na semana passada, a família foi até Armação de Búzios, onde Lourent teria sido visto. Eles vasculharam ruas e a orla das praias, mas não encontraram o baterista.
Sumiços são comuns em casos de depressão, segundo psicóloga
Com 27 anos de experiência, a psicóloga Alessandra Alves Soares diz ser comum casos de desaparecimentos relacionados a pacientes em quadro de depressão, sobretudo em transtorno psiquiátricos. Ela ressalta, no entanto, a importância do tratamento preventivo, com ajuda da família.
“É comum, nesses pacientes, com diagnóstico de depressão, falarem que pretendem sumir. Na verdade, eles querem desaparecer com a dor, mas pensam que, se isolando, os problemas serão resolvidos. Isso fica no inconsciente coletivo. Nesses casos, o apoio da família é fundamental. Pois, em caso de surto, eles saem de casa em ficam à mercê de iminentes perigos, que podem colocar a vida deles em risco”, esclarece Alessandra, que indica, em alguns casos, a internação para preservar a vida da pessoa.
O Dia IG
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