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Apesar de liberação, Búzios, RJ, amanhece vazia e comércio calcula prejuízos após fechamento

 

 Foto: Paulo Henrique Cardoso/G1


Apesar do fim do fechamento da cidade determinado pela Justiça devido ao aumento dos casos de Covid-19, Búzios amanheceu vazia de turistas neste sábado (19). As praias tiveram movimento fraco, e o comércio já contabiliza prejuízos. O motivo é que a decisão de quarta-feira (16), que foi suspensa na sexta (18), determinava que os turistas deixassem a cidade em 72 horas e novas reservas fossem suspensas.


A cidade registrou 453 casos de Covid-19 na semana de 9 a 15 de dezembro. Neste sábado (19), segundo dados da Prefeitura, há 2513 casos confirmados e 26 mortes pela doença. A cidade tem 17 leitos de UTI no Hospital Rodolpho Perissé, e 3 estão ocupados neste sábado, o que representa uma ocupação de 17,64% em leitos de terapia intensiva.


A Associação Comercial calcula que o movimento nas lojas, bares e restaurantes é 30% menor do que se não houvesse o lockdown durante dois dias. O Convention & Visitors Bureau, que representa o setor do turismo, calcula que, se o movimento fraco se repetir nos próximos fins de semana, o prejuízo pode ser de R$ 5 milhões para o setor.


Empresários de passeio de barco tiveram dificuldade para conseguir fechar o número de pessoas suficiente para sair do cais.


"A gente vem seguindo os protocolos, exigindo máscara e distanciamento dentro da embarcação. Só saímos com 50% da lotação pra evitar problemas e seguir o decreto municipal. Espero que, depois do Natal, o movimento melhore", disse Sara Salles, promotora de vendas na Praia do Canto.


Entenda o caso


A Justiça suspendeu a liminar que determinava o retorno da Bandeira Vermelha - Risco 3 e mantinha Búzios fechada. A decisão do desembargador Cláudio Mello Tavares, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foi publicada na tarde desta sexta-feira (18).


Com a suspensão, volta a valer na cidade o Decreto Municipal 1.533/2020, de 10 de dezembro, que estabelece a ocupação máxima de 50% nos estabelecimentos comerciais e possibilita a entrada de turistas na cidade mediante apresentação de QR Code.


A Prefeitura de Búzios divulgou a decisão da Justiça de suspender a liminar nas redes sociais e afirmou que "De acordo com o procurador do município, Cássio Heleno, a Prefeitura de Búzios cumpriu na íntegra o Termo de Ajustamento de Conduta celebrado com a Defensoria Pública e entregou todos os documentos necessários a esta comprovação".


Fechamento e protestos


A decisão da 2ª Vara de Búzios, que determinou o fechamento da cidade por conta do aumento de casos de Covid-19, foi publicada na quarta-feira (16) e começou a valer na quinta (17). Além de proibir o funcionamento de estabelecimentos considerados não essenciais, a determinação dava 72h para turistas deixarem o município.


A determinação gerou protestos de representantes dos setores do comércio, hospedagem e do turismo até a manhã desta sexta (18). Os trabalhadores afirmaram ser contrários ao fechamento da cidade e alegaram que a medida geraria um grande impacto econômico e social.


A medida atendia a um pedido da Defensoria Pública, que assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o município em junho deste ano.


O TAC prevê que o município cumpra algumas exigências sanitárias e administrativas. Uma das exigências é que o município tenha 17 leitos de UTI para atender a população, mas, até a data da decisão da 2ª Vara de Búzios, na quarta-feira (16), a Prefeitura só tinha 11. Na quinta-feira (17), o município informou que já atendeu a norma e que a cidade já possui os leitos estabelecidos.


Búzios foi reaberta na tarde desta sexta, logo após a suspensão da liminar.












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