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Corticoide dexametasona reduz mortalidade em pacientes graves com Covid-19, diz estudo

Droga só mostrou benefício em pessoas internadas; Reino Unido começará a usar remédio e estudo brasileiro está em andamento
(Crédito: Reprodução/ONU)
O Reino Unido informou sobre o resultado parcial de um estudo com o medicamento dexametasona para pacientes de alto risco com a covid-19, doença provocada pelo coronavírus. E os dados são animadores. No grupo pesquisado, houve redução do risco de morte para aqueles que foram tratados com a droga.

O medicamento também é considerado barato. Em média, são 35 libras (R$ 226 no câmbio de hoje) por pessoa tratada. E uma das ideias, caso seja comprovado pelos padrões científicos que é realmente efetivo no combate à doença, é estimular o uso em países mais pobres.

São considerados pacientes de alto risco aqueles que necessitam da utilização de oxigênio ou de ventilação mecânica quando estão hospitalizados com a covid-19. É justamente para este grupo que o estudo apontou resultados benéficos significativo, segundo a BBC.

Segundo a Universidade de Oxford, que lidera o estudo, aproximadamente 2.000 pacientes hospitalizados receberam dexametasona. O pesquisadores compararam a evolução desses doentes a outros 4.000 que não receberam a droga.

Foi registrada uma redução do risco de morte de 40% para 28% em pacientes que estavam sendo tradados com ventilação mecânica. No caso daqueles que necessitavam de oxigênio, a queda da chance óbito passou de 25% para 20%.

Atualmente, a dexametasona é utilizada para reduzir inflamação. Em pacientes com coronavírus, há indícios de que o medicamento interrompa algumas reações prejudiciais que podem ocorrer quando o sistema imunológico do corpo humano combate o vírus.

"É um grande avanço na busca de novas maneiras de tratar enfermos da Covid-19", afirma em um comunicado o doutor Stephen Powis, diretor médico do NHS, o Serviço Nacional de Saúde britânico.

"O benefício em termos de sobrevivência é importante entre os pacientes que precisam de oxigênio. Para eles, a dexametasona deveria virar o tratamento base a partir de agora", disse um dos coordenadores do teste Recovery, o doutor Peter Horby, da Universidade de Oxford.

"A dexametasona é barata, já é comercializada e pode ser utilizada imediatamente para salvar vidas no mundo", completou. Ao mesmo tempo, o estudo mostrou que o medicamento não tem nenhum benefício para os pacientes que não precisam de assistência respiratória.






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