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Emoção marca adeus ao deputado estadual Gil Vianna

Foto: Rodrigo Silveira | Reprodução
Sob aplausos de familiares e amigos, o corpo do deputado estadual Gil Vianna (PSL) foi sepultado, na manhã desta quarta-feira (20), no cemitério Campo da Paz, em Campos. 

O sepultamento foi reservado a poucos familiares e o caixão estava lacrado, seguindo orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para os casos de vítimas da Covid-19.

O parlamentar morreu na noite dessa terça-feira, no Hospital Unimed, em decorrência da Covid-19. Ele era policial militar rodoviário reformado, foi vereador de Campos duas vezes e assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) como suplente, antes de se eleger ao cargo em 2018, ocupando a liderança da bancada do PSL, ex-partido da família Bolsonaro. A morte do parlamentar teve grande repercussão entre políticos e outras personalidades. 

Muito abalada, a família preferiu não falar com a imprensa. Um dos filhos do deputado, Bruno Vianna fez uma homenagem ao pai nas redes sociais. Em uma postagem, ele se recordou de momentos com Gil e afirmou não conseguir descrever o que estava sentindo:
Pai, você deixou o seu legado e eu prometo que irei te orgulhar e honrar o seu nome até o final da minha vida. Durante esses últimos meses, nos vimos todos os dias, caminhamos juntos, sonhamos juntos, rimos juntos e choramos também. Você parecia me avisar e me preparar para caso algo acontecesse. Hoje quando te visitei eu disse: ‘Não se preocupe com nada lá fora, estamos cuidando de tudo. Se preocupe com a sua saúde’. E assim prometo permanecer. Vou tirar forças de algum lugar para seguir firme e cuidar da nossa família. Você sempre me dizia: ‘ Não precisa me amar, só respeite, obedeça e ame a sua mãe’. Mas eu te amava tanto, mas tanto que até brigávamos por sermos tão parecidos. Prometo cuidar da nossa família, prometo continuar sua história. Você lutou até o final, descanse em paz e eu cuidarei do resto. Você é eterno, eu te amo!”

Amigos, políticos e outras personalidade lamentaram a perda. A Alerj chegou a decretar luto oficial de três dias. O presidente da Casa, André Ceciliano, prestou homenagem. "É com muita tristeza que recebi a notícia do falecimento do amigo deputado Gil Viana. Presente, sério, trabalhador e companheiro de pescaria. Acima de tudo preocupado com todos. Que Deus na sua infinidade bondade possa recebê-lo", destacou.

Histórico — Gil Manhães Vianna Júnior nasceu no dia 10 de julho de 1965, em Campos. Filho do garçom Gil Manhães Vianna e da dona de casa Getúlia Santos Arêas Vianna, ele serviu ao Exército em 1984 e, em 21 de abril de 1986, entrou na Polícia Militar, instituição em que fez carreira, encerrando-a como 2º Sargento. No ano de 2005, foi coordenador do time de vôlei feminino do Flamengo em Campos.

Os primeiros passos na trajetória política foram dados em 2004, quando concorreu ao cargo de vereador, conquistou 1.900 votos pelo PMN, mas não foi eleito. Quatro anos depois, foi eleito, pelo PSDC, com 4.975 votos. Em 2012, foi reeleito, com 4.328 votos, no partido do PR. À época, o então vereador assumiu o cargo de 1º secretário da Câmara de Campos.

Em 2017, assumiu, como suplente, o posto de deputado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), focando o mandato na defesa dos direitos das pessoas com deficiências e dos servidores públicos, em especial os militares. Em 2018, concorreu para reeleição no Partido Social Liberal (PSL), obtendo 28.636 votos.

Gil deixa a viúva Andrea Araújo Cordeiro Vianna e os filhos Bruno, Gabriel e Laura. O deputado perdeu a filha Gabriela, portadora de deficiência e motivo da luta do político em prol da causa, que teria completado 29 anos no último dia 5.








Por Folha 1

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