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Covid-19: secretário diz que Rio está em 'curva descontrolada' e fala em 140 mil infectados

Segundo Edmar Santos, hoje existem 8 mil casos confirmados. Ele explica que para cada um destes, há de 15 a 20 não registrados
Daniel Castelo Branco
Rio - O Secretário de Saúde do estado do Rio, Edmar Santos, falou nesta quarta-feira em 140 mil infectados pelo novo coronavírus. Ele explicou que hoje existem 8 mil casos confirmados e que para cada um destes, há de 15 a 20 não registrados. Ele explica que o crescimento do vírus já atingiu uma "curva descontrolada".

"Quando você tem uma curva descontrolada nesse nível, é impossível o sistema de saúde acompanhar. Se a gente entender que tem entre 15 e 20 (infectados) para cada um desses (registrados) que não foram notificados, a gente tem uma base em torno de 140 mil pessoas infectadas. Isso projeta para as próximas semanas a necessidade de 21 mil leitos de internação em enfermarias, 7 mil leitos de internação de CTI, o que é matematicamente impossível", destacou Edmar ao RJTV, da TV Globo.

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O secretário afirmou que a rede pública entrará em colapso e que, assim como em outros países, não há recursos suficientes para dar conta de tantos infectados. 

"(O colapso) vai acontecer, infelizmente. Não foi diferente em nenhum outro país, mesmo nos mais estruturados em termos de equipamento e de logística. É uma característica dessa epidemia, desse vírus, que como ele faz uma base muito grande de infectados, acaba levando à necessidade que muitas pessoas possam necessitar do hospital em um curto período de tempo e isso ultrapassa a capacidade de qualquer sistema", prevê Santos.
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Ele ainda destaca que a situação hoje no Rio de Janeiro se aproxima de cenários vistos em outros países e que mesmo com a abertura dos novos hospitais de campanha, com cerca de 3,4 mil leitos, o sistema não irá suprir a quantidade de doentes.

"Mesmo que a gente quisesse construir mais leitos temos esse teto porque não há profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, para abrir indefinidamente leitos então, há logicamente um teto da capacidade de recursos humanos, em todos os países e estados", ressaltou.

Edmar informou que ainda serão abertos leitos no já inaugurado hospital de campanha do Leblon, no Maracanã, em Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Campos, Casimiro de Abreu e Petrópolis. Segundo ele, haverá uma nova oferta grande de leitos, tanto de enfermaria quanto de UTI.

Baixada Fluminense

Só em Duque de Caxias, há o registro de 70 mortes confirmadas por coronavírus. Os números são do boletim divulgado nesta terça-feira, pela prefeitura. Há ainda 496 casos suspeitos notificados; 292 casos descartados; e 337 casos confirmados. A cidade é a segunda em número de mortes em todo o estado do Rio de Janeiro.

A Prefeitura de Itaguaí decretou estado de calamidade pública por conta da crise provocada na saúde. O decreto alega o impedimento para o cumprimento de obrigações assumidas diante da necessidade de adoção de medidas de enfrentamento da emergência em saúde pública.

Além do município de Itaguaí, oito cidades da Baixada Fluminense também decretaram estado de calamidade pública. A primeira foi Nova Iguaçu, já que na ocasião o prefeito Rogério Lisboa (PL) afirmou que 80% dos leitos das unidades de saúde do município já estavam ocupados.




Por O Dia

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