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Funcionários RPA da Prefeitura de Campos protestam contra atraso de salários

Foto Genilson Pessanha
Funcionários da Prefeitura de Campos, que trabalham por Regime de Pagamento Autônomo (RPA), realizam uma manifestação na manhã desta quinta-feira (30) para cobrar o pagamento de seus salários, que já somam dois meses e meio de atraso. Com cartazes, o grupo está reunido em frente ao presídio feminino Nilza da Silva Santos, na avenida XV de Novembro, para chamar atenção do poder público. Eles também reivindicam melhores condições de trabalho. 

Em nota, a Prefeitura informou que tem refeito seu planejamento para retomar os pagamentos, porém não definiu prazo para que os salários sejam efetuados.

A técnica de enfermagem do Programa de Atenção Domiciliar (PAD), Angélica Dias foi uma das funcionárias que reclamou do atraso salarial. "Novembro e dezembro de 2019, e 50% de setembro não foram pagos. Também foi feita uma auditoria pública no caso do salário de dezembro de 2016 e não pagou. Não está pagando o INSS e está descontando. Além disso está faltando material de trabalho", reclamou.

A cuidadora de crianças especiais Ana Paula da Silva também cobrou resposta sobre os pagamentos. "Estamos sem receber 50% de setembro, e novembro e dezembro integral. Material e condições de trabalho também não temos. Cobramos em todos os governos salas especiais, mas não temos", comentou.

Um vigilante que se identificou apenas como Marcelo contou que, devido ao atraso dos salários, há colegas de trabalho passando necessidade. "Está precário. Não tem como levar o pão para família, temos passado necessidade, ficando sem água e luz. A situação é precária e sofremos muita pressão por parte dos nossos supervisores. Eu penso até em sair e abandonar o serviço, como muitos colegas fizeram. Nós fizemos o curso particular de vigilante e trabalhávamos como tal armados, com uma empresa. Eles romperam o contrato com a empresa e a secretaria de Saúde colocou a gente como RPA, com o salário mínimo. Isso é contra lei. Já estamos indo para quatro meses sem pagamento. A situação está causando problemas psicológicos em muita gente", disse.

Em nota, a Prefeitura de Campos informou que continua refazendo seu planejamento para retomar pagamentos prioritários, entre eles, os dos trabalhadores por RPA. O Poder Público Municipal informou também que, em função da determinação da justiça para o pagamento do 13° dos servidores em dezembro, janeiro e fevereiro, foi necessário alterar o cronograma. "Diante do quadro financeiro do Município, tínhamos programado o pagamento do 13º salário nos meses de fevereiro e maio. Porém, diante da decisão judicial, esta programação teve que ser revista. Nosso foco é cumprir a decisão judicial. E, ainda assim, tem que contar com entrada de recursos" destacou o secretário municipal de Fazenda, Leonardo Wigand. Somente em 2019, as perdas de receitas oriundas do petróleo totalizaram R$ 211 milhões.



Folha 1

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