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Delegado apresenta versão do suspeito de homicídio em casa de shows

O titular da 134ª Delegacia de Polícia (Centro), Bruno Cleuder, falou em entrevista coletiva, na manhã desta terça-feira (7), sobre a versão apresentada pelo policial militar reformado, de 46 anos, suspeito de ser o autor do homicídio de Thiago Ferreira de Oliveira, de 19 anos, ocorrido na madrugada de domingo (5), no estacionamento de uma casa de shows na avenida Nilo Peçanha, em Campos. 
Foto Antônio Leudo
A Polícia Civil aguarda o resultado do exame cadavérico, cujo prazo é de 10 dias, para confrontar com a versão de que a arma teria sido disparada acidentalmente. O suspeito se apresentou à sede policial, nessa segunda-feira (6), acompanhado de seu advogado. Enquanto não sair o exame cadavérico, assim como o laudo pericial, ele ficará em liberdade.

De acordo com o delegado, o policial reformado informou que chegou à festa por volta das 4h de domingo, quando se deparou com Thiago alterado no estacionamento, gritando com as pessoas no local e teria começado a dar socos no capô de seu carro. “Conforme o depoimento do suspeito, ele desceu do veículo e se identificou como policial, mas Thiago teria dito que pouco importava se ele era policial e partiu em sua direção. Foi quando ele deu um tiro de advertência no chão. Mesmo assim, a vítima não teria declinado no seu ímpeto de partir pra cima dele, e, ao tentar dar uma coronhada no rosto da vítima disparou a arma acidentalmente. Como não havia flagrante e mandado de prisão emitido contra ele, foi ouvido, acompanhado do advogado, e liberado em seguida”, disse.

A arma do crime, uma pistola PT 380, foi apreendida, juntamente com carregador e as munições que restaram. O material será submetido à perícia e, a partir do laudo cadavérico, será verificada a proximidade dos disparos. “A alegação do policial é de que iria dar uma coronhada na vítima, quando disparou a arma acidentalmente. Sendo assim, o tiro teria que ser colado. Cada tiro tem uma característica pela balística, então, a gente vai saber comparar a versão dele com o laudo cadavérico, para saber se faz sentido. Além disso, vamos avaliar as provas testemunhais”, informou, ressaltando que duas testemunhas confirmaram que a vítima estava na frente do estabelecimento querendo brigar com qualquer um.

O suspeito foi identificado com a ajuda de câmeras do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), que filmaram o carro, um Astra branco, durante a fuga. O PM seria reformado há 17 anos, morava em Campos, mas serviu no 32º Batalhão de Polícia Militar (Macaé).

A assessoria de imprensa da secretaria de Estado de Polícia Militar informou que a Corregedoria da Polícia Militar, por meio da 6ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, abriu procedimento apuratório e tem colaborado com a apuração dos fatos.

Crime — Na madrugada de domingo, o Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas a vítima, que sofreu um tiro no rosto, já estava sem vida. A namorada do jovem, que desmaiou após Thiago ser morto, e um amigo chegaram a relatar que tudo aconteceu muito rápido e não deu tempo de ver nada.



Folha 1

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