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Queda de ponte na Alça Viária: buscas por desaparecidos são interrompidas e devem ser retomadas no domingo, 7

Mergulhadores do Corpo de Bombeiros trabalharam por várias horas, mas falta de visibilidade e correnteza tornaram as buscas inviáveis. Ainda não está claro se há vítimas.
Foto: Secom / Divulgação
Foram interrompidos por volta das 18h20, os trabalhos de buscas pelas possíveis vítimas da queda da terceira ponte da Alça Viária, no nordeste do Pará, que ocorreu na madrugada deste sábado (6). De acordo com o governo do estado, os trabalhos serão mantidos até que eventuais vítimas sejam localizadas; apenas o que pode ser feito fora da água vai continuar pela noite.

O acidente se deu quando uma balsa bateu na ponte. Ainda não está claro se de fato alguma pessoa ou carro caiu na água no momento da colisão.

As fortes correntezas na área ofereciam risco aos agentes e mergulhadores. Mas serão mantidas no local as equipes da Marinha, Polícia Militar e Bombeiros.

"Os indícios apontam que os veículos estão no leito principal do rio. E o rio é profundo. A correnteza é extensa e isso causa instabilidade para os mergulhadores. Nossa visibilidade é zero, então precisamos ter muito cuidado", explica Reginaldo Pinheiro, comandante operacional do Corpo de Bombeiros no local

Buscas no domingo

Neste domingo (7), logo ao amanhecer, será avaliada a condição da maré para serem retomadas as buscas com mergulhadores. A Marinha disponibilizou mais três profissionais especializados em buscas dentro da água para atuarem junto aos sete que já trabalham pelo Corpo de Bombeiros.

Uma lancha hidrográfica com equipamento de sonar de varredura lateral da Marinha está à caminho do local para fazer a verificação dos destroços da ponte e identificar, inclusive, a existência de veículos dentro do rio.

Para o comandante do Corpo de Bombeiros, Hayman de Souza, a maré alta no momento do acidente pode ter contribuído para que a balsa conseguisse atingir o pilar. “Com a maré baixa, isso dificilmente aconteceria”, destacou.

Investigações

Oito pessoas foram ouvidas pela Polícia Civil neste sábado (6) no inquérito que apura as investigações sobre o caso. Quatro depoimentos são de tripulantes da balsa, incluindo auxiliares e o piloto da embarcação. Outras três pessoas ouvidas são vigilantes de uma obra que estava realizando reparos na estrutura da ponte.

O conteúdo dos depoimentos não foi divulgado pela Polícia Civil, ninguém foi preso e não há mais oitivas agendadas.

A polícia afirma que espera os laudos para apurar as causas da colisão. O inquérito tem até 30 dais para ser encerrado, mas pode ser prorrogado por mais 30 dias, caso os investigadores solicitem.

Ualame Machado, Secretário de Estado de Segurança Pública do Pará, diz que as investigações devem apurar tanto os fatos quanto a possibilidade de riscos de danos ambientais.

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) abriu inquérito para apurar o caso e a Capitania dos Portos também afirma que o proprietário da balsa que causou o acidente deve responder inquérito, pois, além de problemas com a documentação da embarcação, também possuía multa pendentes e não deveria estar navegando.

Entenda

De acordo com a Capitania dos Portos, a embarcação colidiu com um dos pilares de sustentação da ponte e causou o desabamento de cerca de 200 metros da estrutura, que possuía 860 metros de comprimento e 23 de altura. Com a batida, quatro pilares caíram.

A ponte está localizada no quilômetro 48 da rodovia estadual PA-483 e liga a Região Metropolitana de Belém ao Nordeste do Estado do Pará.


G1

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