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Polícia Civil investiga caso de ameaça no colégio Externato Campista

Reprodução
A escola tradicional de Campos, Externato Campista, na rua Doutor Beda, no Parque Rosário, recebeu, através de um dos computadores do laboratório de informática, suposta ameaça contra a instituição de ensino. 

No equipamento foi programada a mensagem que dizia: “Eu vou cometer um atentado nesse recinto”. O fato ocorreu logo após a tragédia ocorrida na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, no Estado de São Paulo, onde dois homens invadiram a unidade escolar e mataram 10 pessoas. Na tarde desta quinta-feira, a direção divulgou uma nota oficial nas redes sociais para informar as medidas de segurança adotadas. A Polícia Civil investiga o caso. 

Segundo o diretor da unidade, Rodrigo Leite, no último dia 21 de março, um dos alunos ligou o computador do laboratório, no 4º andar da escola, e se deparou com uma a mensagem que anunciava o ataque. “Trata-se de um script de computador, ou seja, uma tarefa agendada, portanto, não foi possível saber com precisão quando foi realizada, nem identificar o responsável.

Imagens das câmeras de segurança instaladas na sala registraram o momento em que o aluno ligou o equipamento e se assustou com a mensagem. Tomamos conhecimento do caso somente na sexta-feira (22) e isolamos o computador, que se encontra na unidade para ser periciado pela polícia”, disse ressaltando que o proprietário da escola decidiu que a instituição fosse a público nesta quinta para informar as medidas de segurança adotadas.

Na nota divulgada pelo Externato Campista, que tem 50 anos de existência, foi informado que a direção iniciou uma série de ações conjuntas com órgãos públicos de segurança e com a própria comunidade escolar. Entre as medidas destacadas foram: acionar a polícia militar, que esteve presente no local; levantar imagens das câmeras de segurança para envio posterior envio as autoridades públicas; informar a polícia civil e responder ofício enviado pelo Ministério Público, além de reuniões com pais, ligados a segurança pública, para aprimorar as ações de segurança já implementadas e receber sugestões para avaliação.

A suposta ameaça foi registrada pelo diretor, na tarde de segunda-feira (25), na 134ª Delegacia de Polícia no Centro, onde o caso segue em investigação. A Folha da Manhã tentou contato com a delegada adjunta, Natália Patrão, sem sucesso. A assessoria de comunicação da Polícia Civil também foi contatada para esclarecer o motivo pelo qual o computador ainda se encontra na unidade e não foi periciado.

Reforço no patrulhamento – De acordo com o comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Campos, tenente-coronel Rodrigo Ibiapina Chiaradia, duas semanas anterior a tragédia em Suzano, foi iniciado um reforço do patrulhamento nas proximidades de instituições de ensino, nos três turnos de aulas. “Desde ao ataque em Suzano houve uma série de fake news, grande parte deles por parte de alunos que não querem estudar. Em Campos, adolescentes embarcaram no fato amplamente divulgado pela mídia. Isso gerou um temor generalizado entre alunos, pais e professores”, declarou o comandante.

Ataques em Campos – No último dia 20 de março, três alunos de Campos, sendo um jovem de 18 anos e dois adolescentes de 16 e 14, foram detidos pela polícia, em menos de 24 horas, por situações distintas que demonstraram ameaças a escolas. Um dos menores foi apreendido dentro da sala de aula e autuado por ameaça, depois de postar, em rede social, a vontade de reproduzir a ação dos estudantes da escola em Suzano, na escola Municipal Professora Olga Linhares Correa, no Calabouço, em Guarus.

Já na manhã de quinta, outro menor, aluno do Colégio Estadual Dr. Phillippe Uébe, no Parque São Matheus, foi apreendido depois de postar uma foto em que, na sala de aula, apontava um revólver, calibre 38, na direção de colegas e da professora.

Já o jovem, aluno da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Ciep Nina Aroeira, na Penha, foi autuado no artigo 5º da Lei do Terrorismo, depois de comentários exaltando os atiradores de Suzano, além de conversa, em rede social, convidando outra pessoa para reproduzir, em Campos, o massacre de Colombine, no Estados Unidos, em 1999, onde dois jovens mataram 13 pessoas e em seguida cometeram suicídio. Na casa dos três a polícia apreendeu armas, toucas ninjas e máscaras, além de livros que ensinam a fazer armamentos, entre outros objetos.



Folha 1

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