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Bailarina sanjoanense participa de festival de dança na Arábia Saudita

A sanjoanense Ellen Bomgosto representou o Brasil, em Riade, capital da Arábia Saudita, no festival de esportes, dança e artesanato chamado “Nômade Universe” que aconteceu entre 6 e 20 de março com a Tríade Studio Coreográfico que nos últimos três anos fez apresentações na Rússia, Alemanha e recebeu convites para o Quirguistão.
Foto: Divulgação
O evento promovido pelo Ministério de Cultura da Eurásia acontece todos os anos, e uma cidade oriental é escolhida para sediar o festival que costuma reunir representantes de 100 países.

Ellen viajou com dez bailarinos da companhia Tríade e disse da felicidade em participar desse evento de grande importância cultural para o mundo.

– Houve uma seleção para o evento mundial com objetivo de escolher as delegações dos países. Foi uma mostra cultural do mundo inteiro e eu fui uma das escolhidas. O festival foi promovido pela Unesco e participaram bailarinos de Vitória, São Paulo, Rio de Janeiro. Durante a viagem, paramos em Dubai para fazer a confraternização de abertura das delegações e depois fomos diretamente para Ríade, onde aconteceu todo o evento. Foram duas apresentações diárias de cada delegação -, comentou.
Foto: Divulgação
“Foi um orgulho enorme poder representar o País. Inexplicável a troca de experiência que tivemos nesses dias tanto na dança como na cultura do mundo. O evento foi realizado totalmente sediado no deserto. Teve a participação do rei e do príncipe da Arábia Saudita. Não podia imaginar que o Brasileiro fosse tão querido e pudesse ter sido tão recebido. Fui surpreendida com o carinho tão grande do mundo. Estou muito feliz pela divulgação”, disse Ellen destacando a felicidade da primeira vez que o Brasil participa desse evento.

Participar de um espetáculo tão grandioso como esse é um sonho para qualquer iniciante e até mesmo profissionais.

– Foi uma troca da dança cultural, diz Ellen que se apresentou no ballet clássico com a remontagem do neoclássico que relatava a história da Vitória Régia, além do contemporâneo que mostrava as danças afro-descendente com essa mistura de povos no País, além da coreografia de jazz que mostrava o samba e, também, de mais um clássico que contou toda história indígena. Tivemos que adaptar todo o figurino, pois não podíamos usar perna de fora e, nem se quer, o pé. A mulher é bem restrita em tudo lá -, afirmou.

História na dança

Ellen Bomgosto, de 38 anos, começou no Ballet com 3 anos de idade. “Eu era uma criança calada e minha prima, Denise Bomgosto, me levou em uma aula na academia de Dóris Cunha, onde participei da primeira aula e logo queria continuar. Após anos, Dóris precisou se afastar e deixou seu legado sob minha responsabilidade”, destacou a bailarina.

Bomgosto acrescentou que se apaixonou em ensinar.

– Tive apoio na época, em 1996, de Vanda Garcia, Ivan Franco e da Dóris que me conduziram nesse período. Participei de várias especializações. De 15 em 15 dias eu ia para o Rio de Janeiro para fazer o curso de metodologia para professor com Vanda, onde consegui me tornar Maitre de Ballet Clássico por metodologia Russa. Atualmente já são 23 anos de academia na cidade e estou na quarta de geração em São João da Barra. Depois veio a sindicalização, festivais como o do Conselho Brasileiro da Dança com workshop -. disse.

Aos 21 anos, Ellen ingressou no primeiro corpo de baile do Trianon, em Campos e a partir daí passou a se apresentar em vários festivais nacionais e, inclusive foi premiada dançando variação “La Escrava”, de Marius Petipá. Participou de um workshop em Madrid, a capital e a maior cidade da Espanha, com duração de 10 dias onde foi apresentado a biomecânica do movimento e da técnica da mecânica muscular esquelética para fazer um planejamento mais acessível de aula. A bailarina fez especialização pedagógica e psicológica na Argentina, como também já participou do grande festival de dança de Joinville, norte do estado de Santa Catarina.

Em 2004 até 2015, Ellen fez um trabalho com dois cubanos e através deles conseguiu uma especialização de metodologia cubana.

– Estudei muito a parte medicinal da dança para conseguir ensinar melhor os movimentos da dança sem lesionar. Vivo para investir no meu trabalho. Tento ser sempre exemplo para minhas alunas. É sempre por amor! Sou acompanhada por fisioterapeuta, nutricionista e esteticista, pois vendo minha imagem -, concluiu.


Parahybano

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